PARÁBOLA DO RATO
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Se alguém tem ouvidos, ouça.
Apocalipse, 13:9
Recebemos um e-mail de uma pessoa amiga e religiosa, daquelas que acreditam plenamente na volta de Nosso Senhor Jesus Cristo para julgar os vivos e os mortos. É o dia do Apocalipse! Preliminarmente podemos afirmar que o amigo mencionado é candidato a santo no sentido bíblico da palavra, em seu e-mail recomenda em uma oração do tipo chavão, não daquelas que são feitas todos os dias nos templos de todas as religiões e ou devoções do mundo, mas, mandando e ou determinado que: “compre logo um raticida”. Assim sendo, adianta “que certo dia, um homem entrou numa loja de antiguidades e se deparou com uma belíssima estátua de um rato”, por analogia parecida com aquela(s) fotografia(s) que o(s) político(s) corrupto(s) tira(ram) com dinheiro público e faz sua propaganda oficiosa nas repartições públicas a custa do erário. E nosso amigo ficou na verdade “bestificado com a beleza da obra de arte, ele correu ao balcão e perguntou o preço ao vendedor: quanto custa?”, ato contínuo obteve a resposta “a peça custa R$ 50,00 (cinqüenta reais) e a história do rato custa R$ 1.000,00 (um mil reais)”. Foi aí que a coisa ficou preta no dizer popular da palavra, tendo em vista que se “a peça custa R$ 50,00 (cinqüenta reais) e a história do rato custa R$ 1.000,00 (um mil reais)”. Que diabo está acontecendo ou ainda vai acontecer, pois, “o quê? Você ficou maluco? Vou levar só a obra de arte” e a história do rato fica para você.
Diante de tanta argumentação na transação pela compra e venda da obra de arte do tipo de engenheiro de obra feita da administração pública: federal, estadual e municipal, que tem o dia do começo e ou do inicio da obra, mediante ordem de serviço nunca contrato e também nunca tem o dia do seu fim e ou conclusão, é a maneira e ou modo mais eficaz de enganar o povo, valendo salientar de que quando a obra existe é inaugurada pela metade, pois, já precisa ser peremptoriamente reformada para poder ser usada pelo povo, isso pode acontecer em qualquer tipo de obra, como por exemplo: hospitais, escolas, estradas, pontes, transportes urbanos, creches, ginásios de esportes, calçamentos, terraplanagens, asfaltamentos, terminais rodoviários do tipo sonrisal, etc., bem como na compra de merenda escolar, de gasolina, óleo, material de limpeza e de expediente, etc., tudo manipulado e superfaturado aos olhos do contribuinte direto e indireto pela manutenção daquilo que chamamos de "rés" e ou coisa pública, modernamente conhecida por Fazenda Pública em todos os níveis de governo.
Ah! Diante de tantos argumentos lógicos e ilógicos, envolvendo um palavrório técnico de quem quer enganar o povão porque fala bonito e sabe enganar e ou convencer quem o escuta, de modo que ajustou o preço e comprou a referida obra de arte e foi embora “feliz e contente o homem saiu da loja com sua estátua debaixo do braço” , orgulhoso de ter adquirido aquela joia preciosa que não se encontra em qualquer lugar por ai. De modo que “a medida que ia andando, percebeu mortificado que inúmeros ratos saiam das lixeiras e bocas de lobo na rua e passaram a segui-lo”. Eram os e/ou as “salomés” da vida, por analogia a figura bíblica de Salomé que dançou para o rei e o preço de sua prostituição, foi pedir a cabeça de João Batista, segundo nos relata a Bíblia Sagrada, atualmente representada pelos boateiros, fuxiqueiros e ladrões de plantão interminável da pior espécie que residem como parasitas sociais à sombra do Poder Público: Federal, Estadual e Municipal, carregando fuxicos, inventando boatos e entregando os verdadeiros prestadores de serviços da gestão pública para o povo pobre, carente e desalentado aos seus “chefes” de plantão nos espaços públicos da administração direta e indireta federal, estadual e municipal. São os carregadores de recados e agenciadores de propinas de todos os naipes para si e para gestores públicos e ou privados nas grandes e pequenas empresas, ao arrepio da moral, da ética e da legislação em vigor. Fazem qualquer coisa para se manterem a sombra do erário, vale lembrar de que todo erário é inevitavelmente considerado público desde sua origem, vendem a alma a satanás por qualquer tostão, desde que seja função a função de carregar recados intermináveis, desde que seja para não fazer nada, apenas corroer as finanças públicas e o resto, o pouco que venha escapar de sua roubalheira seja destinado aos serviços de primeira necessidade em favor do povo, que esse mesmo o povo, se “exploda”, como dizia o velho humorista Chico Anísio, em um dos seus personagens da televisão e da dramaturgia nacional. É uma política de terra arrasada em sentido amplo, que tem como tecnicidade os princípios naturais e não aprendidos e ou ensinados em sala de aula: corrupção a olho nu, a turma que ficar rica a qualquer custo e povo que se dane, vá para o inferno. Aí falta tudo para uma boa gestão pública em qualquer nível de governo que tenha tais objetivos estruturantes. O povo fica para depois...
Assim sendo, diante de tal fato, saiu “correndo desesperado, o homem foi até o cais do porto e atirou a obra de arte, usou toda a sua força para atingir o meio do oceano. Incrédulo, viu toda aquela horda de ratazanas se jogarem atrás e morrerem afogadas”. O que nos faz lembrar por analogia de que [...] "escarrar de um abismo noutro abismo, mandando ao céu o fumo de um cigarro, há mais filosofia neste escarro do que em toda a moral do Cristianismo! [...], no dizer do poeta Augusto dos Anjos, empregado em enfoque e tempo histórico e social diversificado, porém, o escarro pode ser comparado a obra de arte que retrata político(s) corrupto(s) e sua corja que foi jogada dentro do oceano.
De modo que “ainda sem forças, o homem voltou para o antiquário e o vendedor disse: veio comprar a história, não é? Não, eu quero saber se você tem uma estátua...” do fulaninho, pense em uma pessoa corrupta: internacional, nacional, estadual e municipal que você conhece e já foi enganada por ela... que de quatro em quatro anos engana o povo prometendo o mundo e o fundo e depois de eleito só faz aumentar a cobrança de impostos:diretos e indiretos, e nada muda no país das maravilhas, em termos de retorno do bem estar da sociedade e do seu povo, especialmente em favor dos mais necessitados.