EGO

Somos envolvidos pelo ego sempre que nos dispomos a olhar apenas o lado exterior da vida. É a válvula de escape que encontramos para alimentar o nosso emocional carente e inseguro.

O objetivo do ego é nos tirar da busca interior que leva ao autoconhecimento.

O ego é manhoso, insistente, e conhece melhor do que ninguém as nossas fraquezas, daí a facilidade para nos manter sob o seu fascínio. A realidade tem que ser forçada para aquilo em que o ego quer que acreditemos. O ego trabalha a partir de um conjunto de presunções básicas a respeito de como a realidade funciona, as quais são todas baseadas no medo.

Todos, desde que procurem se conhecer e analisar o que os leva a viver momentos de solidão, depressão, medo, passam por situações de insegurança e falta de coragem para se mostrarem como de fato são, ou seja, seres individuais a caminho do crescimento.

Como foi dito, o ego está conectado a nossa existência, e quando por alguma razão começamos a questionar o porquê de nos sentirmos fragilizados, impotentes aos atrativos da matéria, é o momento de permitir que as velhas energias baseadas no ego morram dentro de nós.

O que acontece energeticamente, quando nos movemos da dominação do ego para a consciência baseada no coração, é que o sentir passa a ter precedência sobre as ilusões baseadas no ego.

Se realmente desejamos mudar, faz-se necessário que aprendamos a dar ouvidos a intuição e sentir o que precisa ser feito em nosso próprio benefício. Portanto, viver e agir de acordo com a intuição exige um elevado nível de confiança, porque as escolhas são baseadas somente no que sentimos que é correto, e não naquilo que as ilusões externas mostram.

A intuição é altamente individualista, portanto, não pode estar sujeita a uma análise racional ou a regras gerais.

Parece difícil, confuso, mas se houver determinação para uma caminhada mais rica e produtiva, é fundamental que comecemos esse trabalho conosco cientes de que não é tão simples assim, mas é a única forma de enveredar por novos caminhos, e assim, pouco a pouco nos libertarmos das garras do ego. Entretanto, depende muito de nós essa libertação, porque ao longo da vida surgirão situações que nos identificarão com o ego.

O ego exerce muita força sobre nós porque ilude com situações de poder, seja profissional, na vida de relacionamento familiar e amoroso. Ele cria brilho em torno de tudo, porem, é apenas um falso brilho.

Quando os nossos valores começam a ser avaliados naquilo que representam em nossa vida, esse é o momento do despertar de uma nova consciência.

Esta é uma tarefa que exigirá um pouco mais de nós, porem, sem esforço e o desejo sincero de mudanças, nada será percebido, porque continuaremos envolvidos mais pelo ter do que ser.

Muita luz!