PAIXÃO + ADRENALINA
Segundo o psiquiatra americano M. Scott Peck, autor do best-seller The Road Less Traveled (O Caminho Menos Percorrido) a sensação de quem está apaixonado é o desejo de fusão com o outro, de perda da própria identidade individual, na formação de um todo, há um desejo de voltar à condição segura da dependência infantil, é a perda de limites do ego. Mas, como também acontece com todos os bebês, a necessidade da independência e autonomia se instala, e é então que sentimos a paixão esvanecer-se. Quando os limites do ego se restabelecem e a adrenalina volta aos seus níveis normais, a sensação da paixão desaparece.
Adrenalina é um hormônio do stress, responsável pela aceleração das batidas cardíacas, pelo suor na palma das mãos e pela sensação de arrebatamento. Pode criar também sensações de desespero e depressão. A adrenalina leva o cérebro a aumentar a produção de endorfinas dando uma sensação de bem-estar e euforia. Pode ocasionar insônia, alterações de humor, dificuldade de concentração e distorções da realidade, em que não se vê os defeitos do outro. Descarga de adrenalina e paixão “seriam e não seriam a mesma coisa”.
Com o tempo o efeito da adrenalina, que vicia, se desgasta. Começamos ver o outro com a sua real personalidade. O perigo, afirma o psiquiatra, é termos ficado viciados no excesso de adrenalina e continuarmos à procura do parceiro ideal, só para recuperar aquela sensação de euforia.
Um abraço, seu amigo imaginário.