UM PAÍS TORTO.
O Brasil é um país torto. Já nasceu assim. Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto, diz a sabedoria popular. E a voz do povo é a voz de Deus, arremata a mesma sabedoria. Ouso discordar. A voz do povo nem sempre é a voz de Deus. Se assim fosse Deus seria um ser bem pouco inteligente e assim sendo nem seria Deus. Porque Deus pressupõe a Inteligência Suprema.
Por que o arrazoado? Simples. Coisas acontecem por aqui que deixam a gente meio abestalhada. Não que seja privilégio nosso. O privilégio abarca apenas a impunidade.
É preciso que um incêndio aconteça e mate parte de nosso futuro para se descobrir que no país inteiro as autoridades não cumprem seu papel. Estabelecimentos funcionam sem alvará ou com alvará vencido porque a burocracia emperra o que deveria ser corriqueiro. Leis são descumpridas e favorecem a proliferação de locais que funcionam fora das regras de proteção à população. Para tudo dá-se um jeitinho e depois é aquele jogo de empurra para estabelecer quem é o verdadeiro culpado. Infelizmente a mídia, sem a qual uma democracia não sobrevive, alimenta esses escândalos. Que diferença faz quem é o culpado se o dano já foi feito e certamente a corda vai roer pelo lado do mais fraco?
E agora tem mais essa. Uma torcida organizada acompanha seu time e em um país estranho provoca um escândalo ao causar a morte de um torcedor local, um jovem que se foi antes do tempo. Prendem-se alguns torcedores, mas aquele que realmente disparou o sinalizador, arma do crime, escapa ileso. E aqui, dias depois, esse torcedor que providencialmente é menor, se apresenta à polícia passando por um bom menino. Ético. Nunca deixaria ninguém pagar pelo crime que ele cometeu. Tudo é possível, penso eu. Mas alguém em sã consciência pode me culpar por não acreditar? Um menor, que nesse país torto, está acima da Lei. Ficará apreendido em um local horroroso , é certo, mas assim que atingir a maioridade estará livre e solto e sua ficha limpa.
Então vamos aceitar que o fato seja verdadeiro. E começar do começo, respondendo certas perguntas: Quem autorizou esse menor de idade a viajar para o exterior acompanhando uma torcida organizada? Quem financiou a viagem desse jovem? Onde ele comprou esse sinalizador e quem vendeu para ele?
Essas perguntas são apenas uma tentativa de compreender o que se passou.Não vão levar a nada. Mas algumas palavrinhas cutucam a minha mente. Nesse país torto quem manda mesmo são elas. Que quando se juntam sempre causam um grande estrago. A OMISSÃO, a IGNORÂNCIA e a IRRESPONSABILIDADE. Essas palavras são acobertadas por uma quarta. Essa sim, que leva à raiz do problema: A IMPUNIDADE.
O Brasil é um país torto. Já nasceu assim. Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto, diz a sabedoria popular. E a voz do povo é a voz de Deus, arremata a mesma sabedoria. Ouso discordar. A voz do povo nem sempre é a voz de Deus. Se assim fosse Deus seria um ser bem pouco inteligente e assim sendo nem seria Deus. Porque Deus pressupõe a Inteligência Suprema.
Por que o arrazoado? Simples. Coisas acontecem por aqui que deixam a gente meio abestalhada. Não que seja privilégio nosso. O privilégio abarca apenas a impunidade.
É preciso que um incêndio aconteça e mate parte de nosso futuro para se descobrir que no país inteiro as autoridades não cumprem seu papel. Estabelecimentos funcionam sem alvará ou com alvará vencido porque a burocracia emperra o que deveria ser corriqueiro. Leis são descumpridas e favorecem a proliferação de locais que funcionam fora das regras de proteção à população. Para tudo dá-se um jeitinho e depois é aquele jogo de empurra para estabelecer quem é o verdadeiro culpado. Infelizmente a mídia, sem a qual uma democracia não sobrevive, alimenta esses escândalos. Que diferença faz quem é o culpado se o dano já foi feito e certamente a corda vai roer pelo lado do mais fraco?
E agora tem mais essa. Uma torcida organizada acompanha seu time e em um país estranho provoca um escândalo ao causar a morte de um torcedor local, um jovem que se foi antes do tempo. Prendem-se alguns torcedores, mas aquele que realmente disparou o sinalizador, arma do crime, escapa ileso. E aqui, dias depois, esse torcedor que providencialmente é menor, se apresenta à polícia passando por um bom menino. Ético. Nunca deixaria ninguém pagar pelo crime que ele cometeu. Tudo é possível, penso eu. Mas alguém em sã consciência pode me culpar por não acreditar? Um menor, que nesse país torto, está acima da Lei. Ficará apreendido em um local horroroso , é certo, mas assim que atingir a maioridade estará livre e solto e sua ficha limpa.
Então vamos aceitar que o fato seja verdadeiro. E começar do começo, respondendo certas perguntas: Quem autorizou esse menor de idade a viajar para o exterior acompanhando uma torcida organizada? Quem financiou a viagem desse jovem? Onde ele comprou esse sinalizador e quem vendeu para ele?
Essas perguntas são apenas uma tentativa de compreender o que se passou.Não vão levar a nada. Mas algumas palavrinhas cutucam a minha mente. Nesse país torto quem manda mesmo são elas. Que quando se juntam sempre causam um grande estrago. A OMISSÃO, a IGNORÂNCIA e a IRRESPONSABILIDADE. Essas palavras são acobertadas por uma quarta. Essa sim, que leva à raiz do problema: A IMPUNIDADE.