TORMENTO
TORMENTO
O drama das chuvas tem atormentado a vida dos cearenses. Sempre afirmamos que a maioria das grandes capitais brasileiras não está preparada para chuvas fortes e torrenciais. As populações ribeirinhas são as maiores vítimas das intempéries da natureza. O que antes era tida como benéfica e esperada por uns, tornou-se dilema para outros. As últimas chuvas caídas em Fortaleza, causaram alagamentos e mortes, infelizmente. Muitas vezes a população se revolta com a situação, mas temos que ver o seguinte: muitas áreas que foram invadidas ou cedidas para famílias em alto risco, se transformaram num passe de mágica em verdadeiros vilarejos, Com certa estrutura, dispondo de um comércio regular, apesar de acanhado, mas com uma movimentação regular e freqüente.
Achamos que os órgãos governamentais não estão cadastrando o pessoal beneficiado e se existe cadastramentos legais, que a fiscalização seja rigorosa, pois na maioria dos casos os que são aquinhoados com indenizações, voltam para o mesmo local, e o sofrimento continua. O dilema nunca será exterminado se essas pendengas continuarem. As chuvas fortes transbordam os rios acumulando sujeiras, detritos, animais mortos, móveis velhos, se esses grandes mananciais de água são desperdiçados, se as populações da periferia dispusessem de saneamento básico e os rios fossem drenados e limpos, essa água tratada poderia servir de lenitivo para muitas famílias carentes. Plantações de verduras, legumes, frutas poderiam fazer parte desse écran, mas na realidade o que vê, é muito lixo, sujeira e fedentina.
O município de Fortaleza junto com a Companhia de Água e Esgotos (Cagece) terá a missão de regularizar o sistema de esgoto para evitar a poluição das praias da capital cearense. O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu e a prefeita vai ter que cumprir determinação. Por que o STJ, não emite parecer igual para a população que reside próximo a lagoas, rios, riachos e que esses nichos sejam limpos e saneados, enfim convivemos com um surto alarmante de dengue e essa é uma das causas principais do crescimento da doença. Não esqueçamos também da péssima qualidade de asfalto que temos (O Sonrisal) que não suporte e se desmancha rapidamente e haja reclamações de motoristas.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E DA ALOMERCE