PROSPERIDADE - Artigo 4

PALAVRAS DE VIDA - ( IV da série )

Pastor Serafim Isidoro.

CONSIDERAÇÕES À DOUTRINA DA PROSPERIDADE

PAULO é o expoente máximo do cristianismo. Aprouve a Deus usar este homem preparado, escolhido desde o ventre de sua mãe para uma revelação que não havia sido dada a nenhum outro dos mortais. A conversão de Saulo de Tarso ocorreu no ano 35 dC., na estrada que ia de Jerusalém para Damasco, após haver recebido acurada compreensão do estudo do judaísmo farisaico.

Esse fato se deu dois anos após aquele Pentecoste, festa judaica que marcou aos discípulos de Jesus a descida do Espírito Santo e o dom das línguas, ocasião representativa de uma nova dispensação do plano divino.

Por que Paulo se converte somente dois anos após o Pentecoste? - As rédeas de controle do tempo (ou dos tempos) estão nas mãos de Deus. É Ele, Deus, quem estabelece os tempos e as estações. Tudo o que Ele faz é planejado pelo Seu eterno propósito, pela Sua onisciência e pela Sua presciência.

Esta, a doutrina da Soberania Divina: “Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em Seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo sem corpo, membros ou paixões. É Ele imutável, imenso, eterno, incompreensível, onipotente, onisciente, onipresente, santíssimo. Completamente livre e absoluto, fazendo tudo para Sua própria glória e segundo o conselho da Sua própria vontade; que é reto e imutável. Cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longanimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que O buscam e, contudo, justíssimo e terrível em Seus juízos, pois odeia a todo pecado; e de modo algum terá por inocente o culpado”. - (“Confissão de Fé” - Igreja Presbiteriana).

Antes de Paulo, a Igreja primitiva desde o Dia de Pentecoste, em que se converteram quase três mil pessoas, foi essencialmente uma igreja judaico-cristã, conduzida pelos ministros Pedro, Tiago e João, que iam orar no templo (ainda não destruído, é claro) assistiam ali tendo-o como seu ocasional lugar de reuniões e estavam muito próximos das práticas do judaísmo.

Dois anos se passaram com um cristianismo que ainda teologicamente não era o definitivo, mas embrionário, carente de uma revelação que iria abalar os alicerces teológico-doutrinários dos seus líderes que, diga-se de passagem, eram todos judeus: “E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos de todas as nações que estão debaixo do céu...” - (At. 2:5).

Para a maioria das pessoas, o cristianismo seria uma espécie de desenvolvimento do judaísmo; um algo mais (o Cristo) acrescentado ao sistema religioso tão importante que fôra estabelecido por Deus através de Moisés e dos seus ensinos. Para tais, o cristianismo seria um avanço do judaísmo...

Não entrasse Paulo no cenário da Igreja (observe-se novamente que se passaram dois longos anos de existência da mesma sem ele) a Igreja seria isso mesmo que acima colocamos - Igreja judaico-cristã. Paulo, porém, veio modificar a teologia e a filosofia da instituição então vigente. Assustou a todos, com exceção de Barnabé, que ao que parece, teve melhor compreensão daquilo que o Senhor pretendia fazer com esse tão diferente apóstolo:

“Mas Barnabé, tomando-o consigo levou-o aos apóstolos e contou-lhes como Paulo vira o Senhor no caminho, que Este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente o nome de Jesus...” - (At. 9.27).

A origem de Paulo, sua coragem e sua audácia ao ser introduzido no corpo de Cristo causaram espanto geral, certamente. Era fariseu. Não conhecia Jesus “segundo a carne”. Não andou com Ele; não ouviu de viva voz os Seus ensinamentos; não participou daquele que teologicamente denominamos “colégio apostólico”; entretanto, esse Paulo proclama-se: apóstolo – enviado - de Jesus Cristo, segundo a vontade de Deus.

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