ÁFRICA UM CONTINENTE ESQUECIDO
ÁFRICA UM CONTINENTE ESQUECIDO
“Muitos brasileiros de hoje descendem de povos africanos. Por isso, conhecer a história da África nos faz conhecer melhor nossa própria história”.
O rio Nilo quem não o admira, os faraós, as múmias, as pirâmides, a maioria dos egípcios antigos eram africanos e tinham a pele mulata ou negra. È uma das civilizações mais antigas do orbe terrestre, tem sua história, tem seu valor cultural, convive com a miséria e a fome é um continente de contrastes, esquecido pela maioria, talvez pela discriminação racial, nas suas entranhas está um potencial de minas de pedras preciosas, onde se destaca o ouro branco, o diamante. E quiçá o ouro preto, o petróleo.
A dizimação humana pela fome é de fazer pena a qualquer ser humano de coração bom e sensível. O Egito antigo, o reino núbio, o reino de Gana, o grande Império de Mali, os hauças, a Guiné, Kongo e Ndongo e o magnífico Zimbábue. Hoje em dia, os paises africanos são pobres e a população passa por grandes necessidades; isso denota uma grande ironia do destino, porque no passado o continente colaborou com o desenvolvimento das civilizações européias, americanas e asiáticas. Quando se fala em África, vem logo a idéia de Macumba; engana-se quem pensa assim, existe uma gama muito grande de religiões. Adoravam os deuses (Isis, Amon, Tot) e deuses locais, o deus-leão guerreiro Apedemak.
O culto aos antepassados que eram adorados como deuses, a religião dos iorubás foi a que marcou presença no Brasil, vinda com os escravos, no século XVIII, o Candomblé. A grande maioria era monoteísta, acreditava num Deus único; hoje, quase a totalidade é muçulmana e também professa o Cristianismo. Exu, espécie de deus ioruba que une as forças da natureza dos homens, tem corpo de homem e de mulher (hermafrodita).
A cronologia da África Antiga começou em 2.650 a.C. com início da construção das grandes pirâmides do Egito; 1.500 a.C., egípcios ocupam a Níbia (atual Sudão); em 770, os kushitas atacam o Egito e os núbios tornam-se faraós; 900 a.C. o reino kushita, cuja capital era Napata; 814 fenícios fundam Cartago (Tunísia); 600 o povo nok (Nigéria) explora o ferro; 350 a.C é o fim da civilização Kushita e o cristianismo chega à Etiópia; em 63, a expedição romana alcança o Sudão.
Aqui estão alguns detalhes da formação cultural deste grande continente que, apesar de sua história, continua esquecido. Através da força, do sofrimento, da escravatura, dos abusos sexuais de toda ordem, este povo conseguiu além-fronteiras perpetuar sua raça e formar sua civilização. Criaram várias raças no Brasil e no continente europeu; na América do Norte o negro se destaca por sua disposição e os maiores medalhistas olímpicos são da raça negra.
Por questão de cor o preto é ausência e o branco a união de todas elas; não significa, porém, que o negro seja sombra, trevas, escuridão e o branco seja paz, dinamismo, esperança e amor. São conceitos que não se aplicam às etnias, Pelos estudos dos exegetas, as primeiras raças a pisar o orbe terrestre foram a negra e a amarela (orientais). Por que se julgar tão importante se o destino de todos é o mesmo? Estamos no aprendizado da vida e o mentor maior está lá no alto, para nos julgar. Prepotência, jamais!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-CONCLUDENTE DE JORNALISMO