Mulheres Exemplares
Tanto a História quanto a Ficção tratam de seres que se destacaram entre outros – os heróis e os super heróis. Mas existe um tipo de herói aos quais não damos muita atenção. São os heróis do dia a dia, aqueles que conseguem vencer obstáculos que eram aparentemente intransponíveis para eles, mas que o fazem movidos por uma força interior que ninguém julgava que tivessem,
É tão raro ler coisas boas em jornal que quando leio logo fico tentada a reproduzir.
Hoje li no Lavras News do meu amigo Eduardo Cicarelli (sim, ele é tio da Daniela) um artigo não assinado sobre um acontecimento fantástico. Em minha opinião, pelo menos.
Ali tomei conhecimento da história de vida de uma mulher de 88 anos – Maria Germana.
Para mim, uma verdadeira heroína.
Ela tem 88 anos. Em 2011 completou o ensino médio. Pensa em fazer Curso Superior, se prepara para o Vestibular. Enquanto isso freqüenta o CVT – Centro Vocacional Tecnológico – uma das quase 300 unidades espalhadas pelo país pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Lá ela estuda Informática. Lá ela se conecta com o mundo.
Oitenta e oito anos de idade é um longo caminho para se percorrer na estrada do tempo. Uma vida de trabalhos variados – trabalhou em locais da cidade que hoje são apenas saudade: A Companhia Fabril Mineira. O Colégio Aparecida, como cozinheira. Faxinou. Solteira, para criar dois sobrinhos, lavava nove malas de roupas diariamente. Aprendeu a trabalhar de pedreira, mas só pôde fazer isso na própria casa – preconceito. Quem contrataria uma mulher pedreira? (Aqui a dúvida, sem tempo para dicionário, peço socorro aos leitores – a pedreira ou a pedreiro?) Fez a caixa d água de sua casa e também o serviço de água e esgoto. Agora vai construir uma garagem, pois vai aprender a dirigir e comprar um carro.
Dona Maria Germana não é a única senhora da chamada Terceira Idade que freqüenta o CVT – outras mulheres heróicas e brilhantes também freqüentam a unidade. Duas delas são amigas de Maria Germana. Neuza, uma “menina” ainda, (55 anos) foi quem estimulou Maria Germana a se alfabetizar. Neuza é cega de um olho e tem apenas 5% de visão no outro. Sabe ler, escrever, bordar e pintar. Sebastiana, 77 anos, é a outra amiga que freqüenta o CVT. Ficou viúva há 20 anos e então saiu da roça e veio morar na cidade. Mãe de 10 filhos criados com dificuldade agora busca a satisfação própria através da internet e do cultivo de novas amizades.
Eu me encantei por essas Mulheres, pessoas que sabem que a vida é um dom que precisa ser aproveitado até o último segundo. E que sempre tempo para aprender coisas novas. Afinal a eternidade é um longo caminho.
Tanto a História quanto a Ficção tratam de seres que se destacaram entre outros – os heróis e os super heróis. Mas existe um tipo de herói aos quais não damos muita atenção. São os heróis do dia a dia, aqueles que conseguem vencer obstáculos que eram aparentemente intransponíveis para eles, mas que o fazem movidos por uma força interior que ninguém julgava que tivessem,
É tão raro ler coisas boas em jornal que quando leio logo fico tentada a reproduzir.
Hoje li no Lavras News do meu amigo Eduardo Cicarelli (sim, ele é tio da Daniela) um artigo não assinado sobre um acontecimento fantástico. Em minha opinião, pelo menos.
Ali tomei conhecimento da história de vida de uma mulher de 88 anos – Maria Germana.
Para mim, uma verdadeira heroína.
Ela tem 88 anos. Em 2011 completou o ensino médio. Pensa em fazer Curso Superior, se prepara para o Vestibular. Enquanto isso freqüenta o CVT – Centro Vocacional Tecnológico – uma das quase 300 unidades espalhadas pelo país pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Lá ela estuda Informática. Lá ela se conecta com o mundo.
Oitenta e oito anos de idade é um longo caminho para se percorrer na estrada do tempo. Uma vida de trabalhos variados – trabalhou em locais da cidade que hoje são apenas saudade: A Companhia Fabril Mineira. O Colégio Aparecida, como cozinheira. Faxinou. Solteira, para criar dois sobrinhos, lavava nove malas de roupas diariamente. Aprendeu a trabalhar de pedreira, mas só pôde fazer isso na própria casa – preconceito. Quem contrataria uma mulher pedreira? (Aqui a dúvida, sem tempo para dicionário, peço socorro aos leitores – a pedreira ou a pedreiro?) Fez a caixa d água de sua casa e também o serviço de água e esgoto. Agora vai construir uma garagem, pois vai aprender a dirigir e comprar um carro.
Dona Maria Germana não é a única senhora da chamada Terceira Idade que freqüenta o CVT – outras mulheres heróicas e brilhantes também freqüentam a unidade. Duas delas são amigas de Maria Germana. Neuza, uma “menina” ainda, (55 anos) foi quem estimulou Maria Germana a se alfabetizar. Neuza é cega de um olho e tem apenas 5% de visão no outro. Sabe ler, escrever, bordar e pintar. Sebastiana, 77 anos, é a outra amiga que freqüenta o CVT. Ficou viúva há 20 anos e então saiu da roça e veio morar na cidade. Mãe de 10 filhos criados com dificuldade agora busca a satisfação própria através da internet e do cultivo de novas amizades.
Eu me encantei por essas Mulheres, pessoas que sabem que a vida é um dom que precisa ser aproveitado até o último segundo. E que sempre tempo para aprender coisas novas. Afinal a eternidade é um longo caminho.