A DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE NA LIBERDADE HUMANA NO PENSAMENTO DE SANTO AGOSTINHO

VALTÍVIO VIEIRA

Formação do Autor: Curso Superior em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba – PR; Licenciado em Filosofia, pelo Centro Universitário Claretiano – Curitiba – PR, Licenciado em Ciências Sociais, pela UCB – Universidade Castelo Branco – Rio de Janeiro – RJ, Pós-Graduado em Ciências Humanas e suas Tecnologias; Contabilidade Pública e Responsabilidade Fiscal; Formação de Docentes e Orientadores Acadêmicos em Educação à Distância, e Pós-Graduando em Metodologia do Ensino Religioso, ambos pela FACINTER – Curitiba – PR.

SÃO BENTO DO SUL - SC

2012

A responsabilidade é qualidade do ato humano, considerado enquanto procede da vontade; disse então louvável ou culpado conforme é bom ou mal. Hoje se fala muito em responsabilidade. Toda via não se pode exigir que alguém seja responsável se antes não tiver liberdade.

O ser responsável exige ser livre. É necessário que o homem seja livre, mas não irresponsável. Parece-nos não normal uma pessoa não ser responsável pelos seus atos. Também nos somos responsáveis pela nossa própria liberdade.

O homem deve tornar-se livre, libertar-se sempre mais da imperfeição humana, dos desejos carnais, que é o pecado. A vontade do homem é a fonte do mal, e não existe, assim, fonte alguma secreta do mal que o exonerara de qualquer responsabilidade. A opção verdadeiramente humana, logo verdadeiramente livre é responsável. Não podemos verificar se uma pessoa é responsável ou não, se não dermos liberdade a ela.

A pessoa deve assumir que escolhe as coisas sozinhas, e que deve assumir todas as responsabilidades “o homem é ele mesmo apenas na liberdade, a saber, ser verdadeiramente capaz de dizer que a situação em que se encontra, é de sua própria e livre escolha, de cujas conseqüências assume inteira responsabilidade” (MURRAY, 1967, p. 210).

REFERÊNCIA

AGOSTINHO, Santo. O Livre-Arbítrio. Trad. Antonio Soares pinheiro. Braga: Faculdade de Filosofia, 1986.

MURRAY, John Courtney. A Liberdade e o Homem. Trad.Wanda Rohefs e Edgar de Godoi da Mata - Machado. Petrópolis: Vozes, 1967.