A MINHA PEQUENEZ
A MINHA PEQUENEZ
Por Aderson Machado.
Esqueçam, por favor, tudo o que falei, tudo o que escrevi, enfim, esqueçam todos os meus pontos de vista, minhas opiniões, posicionamentos a respeito de tudo e de todos, ou coisa que o valha... Afinal de contas, eu sou muito pequeno, pequeno mesmo, apenas um grãozinho de areia nas praias da vida, e, portanto, nada que parta de mim não tem muito significado. Em outras palavras: eu não sou nada, não sou ninguém, senão um ser entre tantos outros que existem mundo afora, apenas com um diferencial: muitas pessoas, aqui e alhures, se julgam ser isso, aquilo e aquilo outro, porém não são melhores nem piores do que este pobre mortal.
Pelo posto e exposto, quero deixar bem claro que diante do Todo-poderoso, nós, suas criaturas, não podemos nem devemos pretender ser importantes, e, muito menos, melhores do que os nossos semelhantes. Na verdade, estamos, sim, no mesmo barco da vida. Se ele afundar, todos pereceremos juntos.
Aliás, alguém já disse, com muita propriedade, que “Não é bom ser importante; o importante é ser bom.”
Infelizmente, não é isso o que acontece no nosso dia a dia por parte da grande maioria das pessoas.
Muito pelo contrário, nos deparamos com uma verdadeira avalanche de arrogância, prepotência, inveja, cobiça, maledicência, violência, calúnia, ou coisa semelhante.
Por tudo que foi dito, chegamos à infeliz conclusão de que as pessoas estão cada vez mais afastadas de Deus. Só pode ser. Não há outra conclusão.
Seria importante que as pessoas, de uma maneira geral, se conscientizassem de que viemos do nada e para o nada todos voltaremos.
Assim, não importa nos preocuparmos com cor, raça, etnia, riqueza – em termos de bens materiais -, pois tudo isso, no final das contas, nada contará. Com efeito, o nosso caixão não tem gavetas, para que possamos levar para o outro lado os nossos pertences materiais. Aliás, nem o nosso corpo a gente leva. Ele fica e se transforma em pó, conforme já foi dito.
Os verdadeiros valores residem tão-somente nos bens morais e espirituais. Estes as traças não roem nem os larápios roubam.
Quando todos nós tomarmos conhecimento da nossa pequenez – se isso um dia acontecer -, aí, sim, poderemos vislumbrar um mundo mais fraterno e melhor de vivermos uma vida mais feliz.
Porém não seria demais a gente pensar nessa remota possibilidade.
Se eu conheço o mundo e as pessoas que nos cercam, não posso estar tão otimista em desfrutar uma vida plena de felicidade, sem doenças, falsidade, pecado, infidelidades, inveja, luxúria, violência, corrupção e muito mais.
Por fim, os Evangelhos falam, abundantemente, sobre a segunda vinda de Cristo Jesus à Terra. Seria bom porque, com certeza, Ele iria fazer uma verdadeira faxina no nosso corrompido e poluído planeta.
Mas acredito que nem tudo está perdido. Depende de cada um de nós. Basta apenas, o quanto antes, voltarmo-nos para Cristo, antes que Ele volte pela segunda vez!
Esta é a realidade nua e crua.