FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
Está é a forma que o Espiritismo apresenta aos homens de boa vontade, que trabalham pelo progresso espiritual, pois a prática da caridade transformará a terra em parais.
“LANÇA O TEU PÃO SOBRE AS ÁGUAS QUE VÃO PASSANDO E DEPOIS DE MUITOS ANOS O ACHARÁS”. Ecl. II,1.
Isto é significa que a Caridade deve ser espontânea e não forçada; deve ser feita com animo e rosto alegre, na certeza de que não vai perder, mas ganhar, pois o que agora damos depois o acharemos.
A caridade deve ser de pronto e não deixada para outro dia, pois a espera que o texto bíblico fala não é da parte da esmola, senão da parte da retribuição. Há de ser, também, oculta quanto for possível e não com ostentação, de maneira que mão esquerda não sabia o que fazer a mão direita, porque as águas somem o que lhe lançamos dentro, deste modo o pobre não sentirá humilhação e não nos vangloriemos com a ação.
A caridade há de ser sem mínimas distinções de pessoas, antes com a candidez e simplicidade de animo, pois as águas não consentem entre si, desigualdades, são puras e simples e ao final todas se unem.
A Caridade há de ser continuada, e não nos cansando hoje do bem que começamos a fazer.
Finalmente, a Caridade há de ser espontânea, útil, pronta, oculta, sem distinção, desinteressada e perseverante. Porém, é Deus, Senhor nosso, tão benigno e é a Caridade com o próximo, obra tão agradável a seus olhos que por lhe faltarem muitas dessas qualidades, não deixará de ter o seu proporcionado e abundante prêmio na eternidade.
Doutrina do Pe. Bernardes – Nova Floresta – Vol. III/426