TECNOLOGIA E COMPORTAMENTO (PARTE 1)

Parece que foi ontem. Eu lá, num curso de datilografia, decorando a ordem das letras, aprendendo a digitar, aliás, datilografar com o posicionamento correto dos dedos... me preparando para o meu primeiro emprego. De lá pra cá quanta mudança! Ao ponto de, nos dias de hoje, uma criança olhar para aquela verdadeira peça de museu e falar “Olha! Que incrível! Digita e imprime ao mesmo tempo!” Pois é. Naquele tempo íamos dormir aflitos com uma dúvida, esperando o dia seguinte para perguntar ao professor ou para ir até uma biblioteca e passar horas pesquisando um assunto. Hoje já se tornou comum perguntar ao Google até qual era a cor do cavalo branco de Napoleão. Bendita tecnologia! Ou seria maldita? Nesta e na próxima semana vou abordar sobre o quanto as mudanças tecnológicas nos tem afetado: positiva e negativamente.

Naturalmente o assunto é bastante vasto e pode caminhar para diferentes raciocínios. De modo geral, penso que refletir sobre o assunto ajuda a nos situar diante de um tema que nos atinge diretamente queiramos ou não, gostemos ou não. Penso que ajuda a tirarmos melhor proveito do lado positivo e a ficarmos mais antenados para perceber e evitar o que representa malefício.

Sugiro alguns caminhos de ligação entre tecnologia e comportamento para refletirmos:

- Como os pais, responsáveis e professores podem dosar apropriadamente o acesso das crianças aos modernos “brinquedinhos tecnológicos”, como computadores e celulares?

- Tecnologia pode aproximar os distantes e distanciar os próximos (ex.: rede social X vida social e familiar)

- Sedentarismo como resultado do tempo excessivo dedicado a alguns equipamentos eletrônicos.

- O acesso facilitado ao conhecimento nos tornou cidadãos mais conscientes?

- Perdemos oportunidades de emprego com a substituição de mão de obra humana por máquinas ou ganhamos mais desafios em termos de qualificação profissional?

- “Houve um tempo em que éramos atraídos constantemente para as janelas de nossas casas. Lá nos debruçávamos para apreciar a natureza, o movimento dos passantes e para ouvir românticas serenatas. Hoje somos atraídos e até dominados pela fria janela do computador”. Autor desconhecido.

Fundamentalmente, precisamos lembrar que os avanços tecnológicos que conhecemos e aqueles que ainda estão por vir, não são apenas ferramentas que estão ou estarão disponíveis para o nosso uso. Será que estamos suficientemente em alerta quanto ao uso e a interferência da tecnologia em nossas vidas? Vale lembrar que quando a usamos também estamos sendo modificados por ela, ou seja, muda não apenas a maneira de fazer, também muda intrinsecamente quem faz uso dela, muda a própria forma de sentir, assimilar, elaborar, gerar, criar, relacionar-se com o conhecimento, consigo e com o outro, enfim muda nossa forma de interagir com o mundo.

Nesta semana convido o amigo leitor a fazer uma troca bem positiva. Proponho que você, leigo ou profissional opine a respeito do tema, enviando para o meu email (inescoelho.classea@gmail.com) suas considerações, seguindo ou não algum dos tópicos sugeridos. Conte um caso ocorrido, coloque suas dúvidas, dê sua opinião.

Vamos trocar experiência e conhecimento, combinado?

Na próxima semana trago aqui uma compilação de todas as participações e voltamos com um objetivo bem definido: ampliarmos nossa visão a respeito do tema e, dessa forma, aprimorarmos nossa capacidade de transitar de forma saudável e equilibrada neste mundo tecnológico em que vivemos.

Aguardo vocês.

Uma excelente semana e até lá!