ALHEIO A TUDO

ALHEIO A TUDO

Por Aderson Machado.

A partir da segunda metade de dezembro de 2011, eu estou completamente desligado acerca do que acontece pelo mundo afora. Destarte, não tenho lido jornais, revistas, não vejo televisão, e muito menos escuto rádio. Nem mesmo os meus programas favoritos, como os programas esportivos, eu tenho escutado. Como se tudo isso fosse pouco, eu também não estou navegando na internet. Enfim, estou mesmo desligado de tudo que é notícia. Pelo menos não estou indo à procura dela. Alguma coisa que sei é através da boca do povo.

Não sei, contudo, se isso me está sendo benéfico ou não. O fato é que eu estou dando umas “férias” a mim mesmo, me desligando de tudo e de todos. É como se eu estivesse desligado da tomada, ou coisa parecida. É por aí.

Por outro lado, não estou parado no tempo nem no espaço. Estou me dedicando a uma série de coisas que para mim está sendo mais benéfica, como, por exemplo, ler um bom livro, escutar uma boa música, escrever um bom texto, se a inspiração colaborar, é claro. Digo isso como experiência própria, porquanto, às vezes, a gente pega um papel e um lápis, ou mesmo fica à frente da tela do computador à procura de alguma ideia para digitar, e nada sai. Aí não tem jeito. A gente vai procurar fazer uma outra coisa, ou não fazer nada mesmo! Nesse caso, é bom parar para pensar, relaxar a mente, ou procurar ocupá-la com coisas positivas, construtivas, e bola pra frente. Afinal de contas, não há coisa melhor no mundo do que uma mente sadia. Aliás, alguém já disse que uma mente sadia é sinônimo de um corpo são, isto é, sadio. E é uma pura verdade, na medida em que quem tem uma mente isenta de negativismo, pessimismo, dificilmente terá um corpo doentio. Quer dizer, muitas doenças físicas são decorrentes de pensamentos funestos, malignos, ou coisa que o valha. Mas isso é assunto para psicólogos. Eu, confesso, não sou especialista em assuntos que dizem respeito à mente, muito embora tenha lido uma gama de livros a respeito.

Mas eu começava dizendo que estava desligado da mídia. Não sei até quando esse estado de coisas vai perdurar. Talvez por um bom tempo. A propósito, o ex-Presidente João Batista Figueiredo dizia que não lia jornais, não via televisão nem escutava rádio. E não tinha inveja de quem o fazia! Estaria eu imitando o ex-Presidente Figueiredo? Eu diria que não, até porque, nesse caso, não seria uma imitação das mais sadias, diga-se de passagem.

Apenas estou desapontado com tudo que está acontecendo por aí. Por essa razão, passei a dar prioridade a outras coisas já mencionadas neste texto.

De qualquer maneira, não me custa nada explicar o porquê dessa minha decisão, ainda que de forma resumida.

Pois bem, quando lemos um jornal, só nos deparamos com notícias ruins, fofocas, sensacionalismos, enfim; quando vemos televisão, não de forma generalizada, a coisa é ainda pior: notícias mui sensacionalistas, corrupção, sem falar nos BBBs da vida, novelas – Ah, essas novelas! E quanto ao rádio, que outrora tinha uma programação eclética, hoje só há porcaria. Notícias ruins, músicas chinfrins. Assim, eu prefiro ouvir um bom CD.

Por fim, o engraçado de tudo que foi exposto, é que eu, durante 25 anos, trabalhei na mídia radiofônica, exatamente com locutor que veiculava notícias!

Mas o fato é que estou deveras desapontado com os últimos acontecimentos.

Fazer o quê?

Aderson Machado
Enviado por Aderson Machado em 27/01/2012
Código do texto: T3463970