“Por que o Brasil é a 6ª Maior Economia do Mundo?”
“Por que o Brasil é a 6ª Maior Economia do Mundo?”
Economista e Palestrante Welinton dos Santos
Com mercado interno aquecido, aumento do poder real de compra dos brasileiros, programas de melhoria de renda e apoio as famílias com alta vulnerabilidade econômica, tirando da miséria milhões de brasileiros e o aporte de mais de 31 milhões brasileiros na última década que passaram para a classe média, o país festeja os 19 novos milionários por dia desde 2.007 com projeções para continuar até 2.014, de acordo com reportagem publicada pela Forbes, atualmente o país tem 137 mil milionários e 30 bilionários.
O fenômeno econômico brasileiro traz surpresas à economia internacional, em 2003, o banco Goldman Sachs previu que o Brasil ultrapassaria a Itália em 2025, e deixaria França e Reino Unido para trás somente em 2035. A realidade mudou com a crise econômica internacional que começou em 2.008, passou a Itália em 2.010, o Reino Unido em 2011 e a França provavelmente entre 2.013 a 2.014, a Alemanha até 2.020. O PIB do Brasil nesta década ficará a frente do PIB de todos os países da Europa, no ranking de comparação país a país.
Com o crescimento econômico, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores em junho de 2.011, havia 1,466 milhões de estrangeiros com situação regularizada residindo no Brasil. O país tornou-se uma das principais rotas de investimentos estrangeiros diretos acumulando US$ 65 bilhões em 2.010, segundo informações do Banco Central.
A redução de 2 para 0% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre o capital externo no investimento em fundos de venture capital irá estimular a atração de investimentos de longo prazo para o Brasil.
As variáveis deste sucesso são: sistema financeiro forte e regulado; expansão do mercado imobiliário; melhoria da economia criativa; aumento de preços das commodities no mercado internacional; aumento real do poder aquisitivo, com políticas de incentivos ao consumo e expansão de renda; valorização da moeda nacional; equipe técnica econômica competente; incentivos ao empreendedorismo; baixo nível de endividamento das empresas privadas; melhoria técnica do sistema agrícola e fabril do agronegócio; expansão da poupança, a exemplo do volume de consórcios; equilíbrio político; aumento do acesso a educação universitária e técnica na última década; diversificação e incentivos a projetos de desenvolvimento tecnológico, dentre eles a nanotecnologia e outros; investimentos em infra-estrutura - PAC; aumento da percepção da indústria automobilística internacional para o potencial econômico do Brasil, atraindo dezenas de bilhões em investimentos diretos; ampliação de descobertas de reservas de petróleo, com Pré-Sal e recuperação da indústria naval brasileira para atender a esta demanda crescente, bem como novos investimentos para o setor petrolífero brasileiro, somados ao empreendedorismo de muitos empresários brasileiros e estrangeiros no país, estão levando o Brasil a tornar-se uma potência econômica.
Há desafios a serem conquistados como melhoria da renda per capita; aperfeiçoar gestão de saúde (um exemplo: o país conta com 0,9 enfermeiras para cada grupo de 1.000 pessoas, na Islândia são 15 para cada grupo de 1.000 pessoas, faltam médicos em muitas cidades); ampliação da infra-estrutura básica; atraso de investimentos da gestão de transporte no país; diminuição do custo Brasil; melhorar a educação; aumentar investimentos na pesquisa científica; melhorar apoio a projetos culturais; qualificar a mão-de-obra pública em boa parte dos municípios brasileiros, dentre outros.
O Brasil merece respeito, porém algumas ações podem auxiliar a alavancar ainda mais a economia brasileira, dentre eles novos investimentos na economia criativa; na economia eco-sustentável; além de aperfeiçoamento nas relações institucionais com organismos internacionais; intercâmbios educacionais e científicos; aprimoramento nas relações com as câmaras internacionais de comércio; visão crítica de gestão de cidades; melhoria no sistema educacional em todos os níveis e incentivos ao empreendedorismo social responsável fará do país uma referência no desenvolvimento socioeconômico desta década.