SALVAÇÃO: UM PRESENTE DE DEUS PARA OS HOMENS!
Ter como preceito de vida a obediência ao Senhor e sentir no coração a fé em Jesus Cristo, crendo nele como filho do Deus vivo é perceber a essência da verdadeira vida, aquela prometida por Cristo, onde quem a tem sabe o real significado dos rios de águas vivas que fluem de seu interior. É para que o homem alcance esta promessa, que o Senhor nos exorta: “examinai as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (Jo 5.39). Examinar as escrituras é muito mais que apenas lê-las, é refletir, pensar e repensar, gravá-las e guardá-las na tábua de nossos corações, na confiança que nos é dada pelo Espírito Santo, que ali não “contém” a palavra de Deus; mas “é” a sublime palavra do Senhor, dada aos homens pela sua grandiosa misericórdia. Somente esta razão explica que textos escritos em épocas tão distantes e diferentes entre si, por homens diversos e de nacionalidades diferentes venham se completar tão harmoniosamente, sem contradições, e que ao longo da história as profecias ali contidas tenham e estejam se cumprindo e que tantos exemplos de transformações de vida tenham se constituído pelo contato com esta Palavra, que gera amor por este Deus que apresenta a sua Palavra viva e eficaz (Hb 4.12).
Jesus Cristo, o grande personagem das Escrituras Sagradas, teve um ministério singular na terra, que cumpriu com maestria e mestria: a redenção da humanidade, a reconciliação dos homens com o Deus criador. E sempre que se fala em salvação dos homens e amizade entre Deus e homens, não se pode deixar de elevar o pensamento para Cristo. Ele, Jesus, o Senhor, é o principal fundamento da fé em Deus e “ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.11). Ele é o real fundamento de nossa fé e o “único” que verdadeiramente nos conecta a Deus. A bíblia nos afirma categoricamente que “há apenas um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2.4). Se cremos que a bíblia é a palavra do Senhor, cremos também que nela não contém erros, pois o Deus todo-poderoso, que pela sua palavra criou o universo e as suas criaturas, tem poder suficiente para preservar a sua Palavra distante de qualquer mentira ou equívoco. É preciso entender que Jesus é o Messias, o enviado de Deus, o Cristo, o bom pastor, aquele que veio para redimir os homens e restaurar a aliança anteriormente quebrada pelo pecado.
Todos os homens pecaram e, portanto, foram destituídos da glória de Deus (Ro 3. 23), o pecado fez, assim, surgir o abismo entre Deus e a humanidade. Mas é com o propósito de desfazer este abismo que Cristo Jesus vem cumprir sua missão ímpar na terra e atender os propósitos de Deus em obediência a sua própria lei, ou seja a purificação dos homens para o Deus Eterno. “Porque se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, para purificar a consciência humana das obras mortas, para servir ao Deus vivo” (Hb 9.13-14).
O sacrifício de Jesus Cristo redimiu o homem do pecado, dando-lhe a salvação e permitiu-lhe ter de volta amizade e intimidade com o seu Criador. Nisto reside a fé cristã, em saber “que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo (...) porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada” (Gl 2.16). “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13), uma vez que levou “ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas, fomos sarados” (1 Pe 2.24). É esta compreensão que nos possibilita afirmar que os nossos esforços para conquistarmos a salvação são em vão. O homem não deve fazer boas obras para alcançar a salvação, mas fazê-las sim porque é salvo em Cristo Jesus; e ter a convicção de que foi para as boas obras que Deus o criou. O apóstolo Paulo claramente nos afirma ” pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2. 8,9).
Ser salvo é ter a certeza de que Cristo Jesus é o Filho do Deus vivo, pois “se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo, visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Ro 10. 9,10). Este ato o faz um seguidor de Cristo, e demonstra que você reconhece a grandiosidade do sacrifício realizado pelo Senhor e que a sua vida está, agora, na dependência de Deus. Então, ele vai moldá-lo segundo a vontade dele. Os seus pecados pela fé estão justificados, e Deus o toma por instrumento de justiça, “porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estás debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Ro 6.14). Assim, as coisas velhas passam e tudo se faz novo, “pois se alguém está em Cristo, nova criatura é”. (2 Co 5.17).
Este resgate propiciado por Cristo transforma os homens pecadores em “pecadores remidos”. Lavados e comprados para a justiça. Comprados a preço de sangue. O sangue do cordeiro imaculado de Deus. Eis o majestoso sacrifício. O sangue derramado na cruz do calvário não se restringe a sangue de homens. Mas de um Deus santo, puro, poderoso, que decidiu se esvaziar de sua glória e se fazer como um de nós. Para que as nossas dívidas fossem pagas, os nossos erros e pecados apagados, pois ainda que os nossos “pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão brancos como a lã (Is. 2.18). A cédula do pecado, Jesus aniquilou lá na cruz. Portanto, “quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará?” (Ro 8.33), pois “segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus, nosso salvador, para que justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt. 3. 5-7) . Convém lembrar que ser salvo não significa dizer algumas palavras a Deus e continuar na mesma vida. É preciso uma confissão sincera, uma fé verdadeira e que o senhorio do Filho de Deus resplandeça verdadeiramente em sua vida. Assim, quem segue a Cristo, abandona as obras da carne, e o amor por Jesus colocado pelo Pai em nossos corações passa a reinar, e Jesus começa a boa obra em nossas vidas, que resulta em restauração, libertação, perdão, graça, transformação, fé, paz, justiça, consolação, bondade e amor e nós passamos a compreender que “Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas” (Ro 11.36); e a ele pertencem o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e as ações de graça (Ap 5. 12). Ele é o único caminho que nos leva ao Pai; Ele o único Senhor e salvador da humanidade; a Ele estejamos rendidos, em submissão e adoração, pois Ele é o que vive e o que reina para todo o sempre. Amém.