O JEITINHO BRASILEIRO DE VIVER
"Jeitinho brasileiro é a arte de ziguezaguear entre o certo e o errado"
Sir.Hob
O Brasil é o país do jeitinho e isto vem desde o Império. Tudo tem seu início com a escravidão. Não aboliram a escravidão fizeram a lei do sexagenário, ficando livres os velhos que eram abandonados à própria sorte. Veio então a Lei do Ventre Livre em que os filhos de escravos eram considerados livres, mas as crianças ficavam com os senhores ou com o governo. Na realidade continuavam escravos
A Abolição foi realizada no jeitinho, pois não se ofereceu terras aos ex- escravos ou qualquer tipo de educação. Na verdade a Abolição expulsou os escravos das fazendas e eles foram dar origem às favelas.
Continuamos sendo os Reis do jeitinho, sempre tomando decisões parciais e provisórias que acabam virando definitivas. Como o salário era insuficiente para o trabalhador chegar ao trabalho e um aumento sobrecarregaria a folha da Previdência Social foi criado o VALE TRANSPORTE, como se fosse um beneficio social , quando na realidade ele garante a presença do trabalhador no emprego. O mesmo acontece com o vale-refeição. Pouco interessava se a família do trabalhador estava com fome e sim que ele estava alimentado para produzir.
Quando a inflação ficou incontrolável, não lhe demos um combate efetivo (o que só aconteceu em 1994), com nosso jeitinho criamos a correção monetária, que garantia a estabilidade da moeda à algumas classes sociais e a quem tinha acesso ao mercado financeiro. Mas o povo, este continuava com salários defasados.
No Brasil hoje temos a falta de mão de obra especializada, então corre-se para a construção de Escolas Técnicas, mas faltam professores e o pior é o gargalo do ensino fundamental, pois sem ele não haverá aproveitamento nos diversos cursos profissionalizantes.
As Universidades boas e gratuitas são em geral reservadas para os que podem pagar, as escolas de ensino médio de excelente qualidade em geral caríssimas aqui no Rio, custam uma média de R$ 4000,00 de mensalidade. Ao invés de criarem boas Escolas com professores bem pagos, criaram o Pro Uni e os diversas tipos de cotas. Promove-se o jeitinho sem resolver o problema.
Enquanto houver desigualdade social, esta forte separação entre ricos e pobres, que se estranham com facilidade ao invés de superá-las cria-se muros nos condomínios, cercas elétricas e segurança particular. Até estações do Metrô são impedidas de ficarem localizadas em bairros ricos, pois não há interesse pelo transporte público, que basicamente serve à população mais pobre.
O jeitinho brasileiro está sempre presente. Não tem professor de física, aprovamos todos os alunos que não tiveram aula de física. A progressão automática é o fato que mais ressalta a maneira brasileira de ser. Se o Congresso não funciona, o STF legisla. Adotamos dois idiomas: o português dos ricos, educados e dos condomínios e o português das ruas, ao invés de combatermos o preconceito, através do jeitinho acomodamos a desigualdade.
A sociedade brasileira vem desde o Império acomodando suas deficiências. Ao invés de combatê-las vamos ajeitando nossas deficiências. Na verdade nossa criatividade sempre dá um jeitinho e sempre adia a solução dos problemas. Nunca os resolvemos de forma definitiva.
A frase abaixo fecha bem o texto :
" O Brasil tem fome de ética e passa fome em consequência da falta de ética na política".
Frase de Betinho
"Jeitinho brasileiro é a arte de ziguezaguear entre o certo e o errado"
Sir.Hob
O Brasil é o país do jeitinho e isto vem desde o Império. Tudo tem seu início com a escravidão. Não aboliram a escravidão fizeram a lei do sexagenário, ficando livres os velhos que eram abandonados à própria sorte. Veio então a Lei do Ventre Livre em que os filhos de escravos eram considerados livres, mas as crianças ficavam com os senhores ou com o governo. Na realidade continuavam escravos
A Abolição foi realizada no jeitinho, pois não se ofereceu terras aos ex- escravos ou qualquer tipo de educação. Na verdade a Abolição expulsou os escravos das fazendas e eles foram dar origem às favelas.
Continuamos sendo os Reis do jeitinho, sempre tomando decisões parciais e provisórias que acabam virando definitivas. Como o salário era insuficiente para o trabalhador chegar ao trabalho e um aumento sobrecarregaria a folha da Previdência Social foi criado o VALE TRANSPORTE, como se fosse um beneficio social , quando na realidade ele garante a presença do trabalhador no emprego. O mesmo acontece com o vale-refeição. Pouco interessava se a família do trabalhador estava com fome e sim que ele estava alimentado para produzir.
Quando a inflação ficou incontrolável, não lhe demos um combate efetivo (o que só aconteceu em 1994), com nosso jeitinho criamos a correção monetária, que garantia a estabilidade da moeda à algumas classes sociais e a quem tinha acesso ao mercado financeiro. Mas o povo, este continuava com salários defasados.
No Brasil hoje temos a falta de mão de obra especializada, então corre-se para a construção de Escolas Técnicas, mas faltam professores e o pior é o gargalo do ensino fundamental, pois sem ele não haverá aproveitamento nos diversos cursos profissionalizantes.
As Universidades boas e gratuitas são em geral reservadas para os que podem pagar, as escolas de ensino médio de excelente qualidade em geral caríssimas aqui no Rio, custam uma média de R$ 4000,00 de mensalidade. Ao invés de criarem boas Escolas com professores bem pagos, criaram o Pro Uni e os diversas tipos de cotas. Promove-se o jeitinho sem resolver o problema.
Enquanto houver desigualdade social, esta forte separação entre ricos e pobres, que se estranham com facilidade ao invés de superá-las cria-se muros nos condomínios, cercas elétricas e segurança particular. Até estações do Metrô são impedidas de ficarem localizadas em bairros ricos, pois não há interesse pelo transporte público, que basicamente serve à população mais pobre.
O jeitinho brasileiro está sempre presente. Não tem professor de física, aprovamos todos os alunos que não tiveram aula de física. A progressão automática é o fato que mais ressalta a maneira brasileira de ser. Se o Congresso não funciona, o STF legisla. Adotamos dois idiomas: o português dos ricos, educados e dos condomínios e o português das ruas, ao invés de combatermos o preconceito, através do jeitinho acomodamos a desigualdade.
A sociedade brasileira vem desde o Império acomodando suas deficiências. Ao invés de combatê-las vamos ajeitando nossas deficiências. Na verdade nossa criatividade sempre dá um jeitinho e sempre adia a solução dos problemas. Nunca os resolvemos de forma definitiva.
A frase abaixo fecha bem o texto :
" O Brasil tem fome de ética e passa fome em consequência da falta de ética na política".
Frase de Betinho