Dois de mim, um só Deus.
Com o passar do tempo e diante das oportunidades concebidas a nós pela vida, perceberemos que somos dotados de faces, de sentimentos, de personificações que tendem a agir pelo determinado momento em que vivemos. Com o caminho cristão a que escolhi viver é como se existissem dois de mim, um precisa morrer a cada dia, para que eu me torne nova criatura, e um outro precisa nascer a cada dia, para que essa criatura viva.
É como se pela corrupção a qual todos os homens foram submetidos existe um "eu" que facilmente se corrompe, que se deixa levar pelas situações, que se nega, que expõe fragilidades, inseguranças, medos, que expõe o que há de pior em nós, o que há de tendencioso em nós, que faz com que dirijamos para o caminho oposto ao sonho de Deus a todos.
O outro precisa ser cuidado, aflorado, fazer como Jesus nos ensinou, nos "fingir" de Cristo a cada Pai Nosso que invocamos chamando Deus de Pai. O problema é que muitas vezes matamos o "eu" errado", matar o "eu" errado é matar os dois, o todo, não só uma das faces, uma das personificação mas o conjunto da obra, o que resultado do que sou até hoje, é matar a alma, é matar o coração, é matar a personificação de um Deus que vive em nós!
Não importa muito o caminho, todos estaram sujeitos a esse processo de morte e vida, pois Deus seria incompente se não atingisse a todos, a questão é que muitas vezes trilhamos caminhos e matamos o "eu" errado, matamos os dois, matamos a nós. É preciso saber cultivar o que há de bom em nós, entender os sonhos de Deus para nós, crescer no amor, e matar a raiva, o ódio, a depressão, é vencer as frustrações, é se levantar na queda, pela força nos braços, pela capacidade de reerguer. Que possamos conhecer-nos a cada dia mais para que possamos viver para Cristo e morrer para o que não nos serve, o que nos rouba, o que nos mata, o nos tira de nós, o que não nos permite Amar.