"CURITIBA - Parabéns pelos 18 anos... mais 300"
Êpa!
Quase perco a hora.
Cheguei em tempo (a velinha ainda acessa) na comemoração de seu aniversário!.
Parabéns e muitos, muitos anos a nos dar vida.
A primeira vista... foi PAIXÃO à primeira vista!
Nasci no "interioooor" de São Paulo, rondei pelo Centro-Oeste...
Voltei a Sampa para cursar faculdade e, certo dia, aqui aportei a trabalho e me senti atraído pelo que vi e sensibilizado pelo que senti...
Tive a sensação de um noivo recebido, com cerimônias, na casa dos pais da noiva...
Tudo parecia muito certinho “demais”, como se a casa tivesse sido recém varrida, a louça lavada, as toalhas substituídas...
No primeiro momento estive procurando os tapetes (onde estariam, provavelmente, as “sujeiras” varridas para debaixo deles), mas depois, nos silêncios dos refeitórios comunitários, fui notando que havia algo de anormal...
Um jeito diferente de ser, de conviver, de pensar... não melhor ou pior, apenas diferente, mais comedido, menos efusivo...
Voltaria, prometi-me.
E voltei...
Voltei para terminar a faculdade aqui e depois, retornar...
Aos poucos descobria uma nova noção de pertencimento, aquela que nos une à “aldeia” de onde viemos, para onde voltamos (ou pretendemos voltar)...
Aqui o “orgulho” de pertencer a essa aldeia era demonstrado de forma concreta, revelando consciência de que os bens comuns são de todos e, não, que não de ninguém...
Problemas?
Inúmeros (uns visíveis e muitos outros fora do alcance das lentes das câmeras de TV) sempre tivemos e sempre teremos...
Mas com uma diferença que faz a diferença: o empenho, dos sucessivos administradores municipais, em resolvê-los...
Por quê?
Por sorte? Não creio...
Certamente pela ferramenta mais eficiente em termos de exercício de cidadania: o voto.
Isso mesmo!
A sucessão de bons administradores (independentemente de nomes ou partidos políticos) não tem se dado por acaso e sim, pelo crivo dos votos que, acertando – ótimo: o administrador não fez mais do que devia – e, não acertando – tiau!: sem reeleição e com silenciosa condenação ao ostracismo...
Um perigo aos mal-intencionados é essa vigilância natural (como há de ser) da consciência dos "donos da casa", como a do morador que "cobra" do síndico a capina do mato crescente no jardim do condomínio...
Não é pelos 52 parques, pela trintenária preocupação com a reciclagem de lixo, com o zelo pelo patrimônio histórico, com o transporte urbano, com o bem estar, que me apaixonei...
Foi por tudo isso e muito mais...
E foi assim que não pude mais voltar, porque aqui é o lugar...
É o meu lugar...
Não nasci aqui, foi escolha minha vir e ficar...
E aquela paixão adolescente virou amor...
E meu amor (você sabe) é verdadeiro...
E por isso venho (embora atrasado, mas) agradecido, lhe parabenizar.
Parabéns moça!
Pelos 18 aninhos (mais 300) hoje completados...
Tudo de bom e muitos, muitos anos a nos dar vida...