O CENTURIÃO

LUCAS: v. 1. Acabando de dizer todas estas coisas ao povo, entrou em Cafarnaum. – 2. Um centurião tinha doente, quase a morrer, um servo que lhe era muito caro. – 3. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião lhe mandou suplicar, por alguns anciães judeus, que viesse curar o seu servo. – 4. Falando a Jesus, os anciães o imploraram instantemente, dizendo: É um homem que merece lhe faças esta graça; - 5, pois que ama o nosso povo e nos edificou uma sinagoga. – 6. Jesus se pôs a caminho com eles; mas, quando chegaram perto da casa do centurião, este lhe mandou dizer por seus amigos: Senhor, não te dês esse incômodo, pois não sou digno de que entres na minha casa, - 7, como não me julguei digno de ir ter contigo. Dize uma só palavra e o meu servo estará curado; - 8, porquanto sou um homem submedito à autoridade de outro; tenho, sob minhas ordens, soldados e, se digo a um: vai lá, ele vai; a outro: vem aqui, ele vem; a meu servo: faze isto, ele faz. – 9. Ouvindo isso, Jesus se mostrou admirado e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Em verdade, vos digo que ainda não vira em Israel tão grande fé. – 10. E quando para a casa do centurião voltaram os que este mandara a Jesus, encontraram curado o servo que estava doente. (47)

A cura do servo do centurião, como a do leproso, também se operou pela aplicação do mesmo princípio, o princípio magnético, e não por milagre. Assim como a pilha galvânica pode momentaneamente dar movimento aos músculos e aos nervos de um cadáver, também a concentração, por efeito magnético, de certos fluidos espalhados na atmosfera pode operar sobre o organismo vivo um abalo violento que o regenere.

Na força daquele que, pela ação exclusiva da sua vontade, obtinha tais efeitos é que se poderia ver um milagre; mas, é natural a explicação dessa força. Do mesmo modo que o solo que pisamos se acha juncado de plantas cujas propriedades curativas ainda se não conhecem, também a atmosfera que nos cerca contém propriedades fortificantes, purificadoras e regeneradoras, das quais só aprenderemos a servir-nos quando nos entregarmos a estudos morais, que nos elevem à altura da Ciência que teremos de adquirir para as conhecermos devidamente.

Dizemos estudos morais, porque só esse estudos nos desembaraçarão dos instintos brutais que escravizam a nossa vontade, tornando-a capaz de os dominar, de dominar os nossos sentidos, de aproximar-nos, portanto, da perfeição e de aumentar os nossos poderes.

ELUCIDAÇÕES EVANGÉLICAS

ANTÔNIO LUIZ SAYÃO

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 21/03/2011
Código do texto: T2862864
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