O DOM DA ORAÇÃO
Ninguém é nada por si somente, porque, cá entre nós, nenhum ser existe em si e por si mesmo, ou seja, dependemos sempre e em tudo. Só Deus É em Si e por Si mesmo, porque só Ele é Absoluto e ninguém mais. Ora, quando o Senhor nos comunicou a vida natural, obviamente nos concedeu também todos os dons para nos atermos seguros em comunhão com a sua vontade eterna; porém, mesmo recebendo todas esses dons do criador de nossas almas, muitos se distanciam dele vivendo ao seu “bel prazer” como se o Senhor não existisse e com se dependessem apenas de si mesmos.
Todavia, ao menor abalo existencial sentem a fragilidade que são e tentam recorrer a algo além de si e das criaturas que não puderem lhe ajudar a manter o equilíbrio naturalmente; é quando procuram e encontram em si os dons sobrenaturais, dentre eles o dom da fé; mas, mesmo assim, precisam ainda da intervenção divina para que tal fé seja verdadeira e não falsa; aí, entra a graça do Senhor que nos dá em seu amor o conhecimento da revelação que Ele faz de Si mesmo em Seu Filho Jesus Cristo, e por meio Dele, nos dar plena certeza do encontro Consigo e da volta ao equilíbrio antes perdido pela autossuficiência cultivada.
Então, quais são esses dons sobrenaturais de que dispomos da parte do Criador em nossas almas? São Paulo escrevendo aos Coríntios nos ensinou quais são eles: “A respeito dos dons espirituais, irmãos, não quero que vivais na ignorância. Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz”. (1Cor 12,1.3-11).
Assim sendo, todos nós que cultivamos a fé, um desses dons, nos dirigimos a Deus constantemente por meio de outro dom especial chamado oração, que é um dos meios de comunicação mais direto com o nosso Criador e Pai que nos ama com amor eterno por seu Filho Jesus Cristo, Senhor nosso. O dom da oração gera em nós contentamento, porque toda oração sincera se apoia na providência divina que nunca falha; quem espera em Deus sabe como obter o fruto de sua oração, pois, não vive de conveniências, mas de toda Palavra que sai da boca do Altíssimo. Por isso, com sua obediência, segue os conselhos do Senhor e nunca erra o caminho a ser percorrido para o céu, porque a fidelidade que cultiva gera frutos de santidade que o qualifica para toda boa obra.
Desse modo, a oração torna-se para nós uma necessidade permanente, comparável à respiração natural da qual necessitamos a todo instante; o seu conteúdo é como que o ar fresco da graça que respiramos em nossas almas nos fazendo sentir seguros, trazendo as bênçãos dos céus até nós. Os homens e as mulheres de oração gozam da intimidade do Senhor e obtém todos os seus favores, porque fazem da oração o meio mais eficaz da realização de sua vontade neste mundo.
Portanto, orar é mais do que fazer um pedido, um súplica, um louvor ou uma entrega; orar é amar a Deus e permanecer no seu amor; é ser-lhe fiel em todo o nosso viver, pois, a oração que não nos transforma em pessoas mais santas, mais justas e honestas, não é verdadeira oração, pois, lhe falta a união com o Senhor e a realização de seu desígnio a nosso respeito.
Por fim, o dom da oração nos leva a uma confiança inabalável em Deus, visto que por nós mesmo somos imaturos, inseguros e sem graça alguma, pois, como disse Jesus: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”. (Mt 11,28-30).
E ainda: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15,4-5).
Então, que a nossa oração seja revelação da presença do Altíssimo em nossa vida, assim, seremos, de fato, sua verdadeira imagem e semelhança e gozaremos da felicidade dos eleitos aqui e por toda a eternidade.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
Ninguém é nada por si somente, porque, cá entre nós, nenhum ser existe em si e por si mesmo, ou seja, dependemos sempre e em tudo. Só Deus É em Si e por Si mesmo, porque só Ele é Absoluto e ninguém mais. Ora, quando o Senhor nos comunicou a vida natural, obviamente nos concedeu também todos os dons para nos atermos seguros em comunhão com a sua vontade eterna; porém, mesmo recebendo todas esses dons do criador de nossas almas, muitos se distanciam dele vivendo ao seu “bel prazer” como se o Senhor não existisse e com se dependessem apenas de si mesmos.
Todavia, ao menor abalo existencial sentem a fragilidade que são e tentam recorrer a algo além de si e das criaturas que não puderem lhe ajudar a manter o equilíbrio naturalmente; é quando procuram e encontram em si os dons sobrenaturais, dentre eles o dom da fé; mas, mesmo assim, precisam ainda da intervenção divina para que tal fé seja verdadeira e não falsa; aí, entra a graça do Senhor que nos dá em seu amor o conhecimento da revelação que Ele faz de Si mesmo em Seu Filho Jesus Cristo, e por meio Dele, nos dar plena certeza do encontro Consigo e da volta ao equilíbrio antes perdido pela autossuficiência cultivada.
Então, quais são esses dons sobrenaturais de que dispomos da parte do Criador em nossas almas? São Paulo escrevendo aos Coríntios nos ensinou quais são eles: “A respeito dos dons espirituais, irmãos, não quero que vivais na ignorância. Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a ação do Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz”. (1Cor 12,1.3-11).
Assim sendo, todos nós que cultivamos a fé, um desses dons, nos dirigimos a Deus constantemente por meio de outro dom especial chamado oração, que é um dos meios de comunicação mais direto com o nosso Criador e Pai que nos ama com amor eterno por seu Filho Jesus Cristo, Senhor nosso. O dom da oração gera em nós contentamento, porque toda oração sincera se apoia na providência divina que nunca falha; quem espera em Deus sabe como obter o fruto de sua oração, pois, não vive de conveniências, mas de toda Palavra que sai da boca do Altíssimo. Por isso, com sua obediência, segue os conselhos do Senhor e nunca erra o caminho a ser percorrido para o céu, porque a fidelidade que cultiva gera frutos de santidade que o qualifica para toda boa obra.
Desse modo, a oração torna-se para nós uma necessidade permanente, comparável à respiração natural da qual necessitamos a todo instante; o seu conteúdo é como que o ar fresco da graça que respiramos em nossas almas nos fazendo sentir seguros, trazendo as bênçãos dos céus até nós. Os homens e as mulheres de oração gozam da intimidade do Senhor e obtém todos os seus favores, porque fazem da oração o meio mais eficaz da realização de sua vontade neste mundo.
Portanto, orar é mais do que fazer um pedido, um súplica, um louvor ou uma entrega; orar é amar a Deus e permanecer no seu amor; é ser-lhe fiel em todo o nosso viver, pois, a oração que não nos transforma em pessoas mais santas, mais justas e honestas, não é verdadeira oração, pois, lhe falta a união com o Senhor e a realização de seu desígnio a nosso respeito.
Por fim, o dom da oração nos leva a uma confiança inabalável em Deus, visto que por nós mesmo somos imaturos, inseguros e sem graça alguma, pois, como disse Jesus: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”. (Mt 11,28-30).
E ainda: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15,4-5).
Então, que a nossa oração seja revelação da presença do Altíssimo em nossa vida, assim, seremos, de fato, sua verdadeira imagem e semelhança e gozaremos da felicidade dos eleitos aqui e por toda a eternidade.
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.