A revolta dos farrapos (1835-1845)
Por: David Cooperfield
O sul produzia e abastecia de charque, gado e couro todo o país a partir de uma pecuária que se valia de mão de obra livre e escrava em menor escala. O governo central (regente uno provisório: Araújo lima) atendendo a uma reivindicação do sudeste implementou uma medida alfandegária que reduzia os impostos de entrada de produtos da região do prata para concorrer com os do sul que praticavam preços abusivos.
Essa medida fora estopim para o conflito entre pecuaristas gaúchos e governo central. Aqueles desejosos de maior autonomia de maior autonomia da província sem diminuir seus vínculos com o império seu grande mercado consumidor.
A adesão de populares ao movimento, (os denominados “farroupilha”, por usarem roupas velhas e liderados por Giuseppe Garibaldi), se deu por acreditarem ser um autogoverno republicano a única solução para sua subcondição social de então.
O ápice da revolta ocorre em 1835 quando o riquíssimo estancieiro e militar Bento Gonçalves da Silva liderou tropas particulares onde depuseram o governador da província nomeado pela regência, (pela qual não tinham o menor apreço), e proclamaram a República Rio-Grandense ou República do Piratini.
A revolta não parou por ai, em 1839 invadiram Santa Catarina e proclamaram a República Catarinense ou República Juliana, confederada a república rio grandense.
Somente em 1845 as tropas do império sob o comando de Luis Alves de Lima e Silva controlaram o movimento.no campo político o império aproveitou-se das divergências entre os donos de instâncias e líderes farroupilhas se aproximou destes ao mesmo tempo que isolava os radicais e aos poucos atendeu algumas reivindicações como a tarifa de 25% sobre o charque da região do prata.
Diferentemente de outras revoltas no Brasil regencial esta teve um final negociado, sem punições, torturas, execuções ou qualquer tipo de repressão. Será porque?