DESCARTÁVEL

Hoje a flor é descartável como um chinelo, como um pedido fast food, voce pode ser flor de asfalto sob a luz néon à beira do bueiro de meninos craquentos, frutos do mal social. A cinderela ou é ladra ou precisa de Freud e a boa intencionalidade não tem mais pátria. Melancias de asfalto tomam sol e dão congestão, mas, continuam na passararela entretanto ainda procura-se uma agulha de boa intenção no palheiro incendiado. Ontem uma passou na esquina, agora, amanhã, ou depois dirá eu te amo em pacotes vinte e quatro horas com ou sem preventivo. En passant...e os senhores feudais continuam de plantão na oferta e na procura.

Édito Mira de Mira

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Imprimatur Revista Literária
Enviado por Imprimatur Revista Literária em 10/01/2011
Reeditado em 11/01/2011
Código do texto: T2720846