Trabalhe com Amor
“Vida mansa”, “menor esforço”, “ganhar sem trabalhar”, “acertar na vida”, “viver só de juros”... Pensamentos absurdos e ultrapassados! Idéias vulgares e egoístas!
Como pode uma pessoa querer ficar em casa “sem fazer nada” enquanto crianças precisam de uma professora atenciosa, responsável e comprometida com o ato de ensinar, passar conhecimentos e formar cidadãos pensantes?
Como uma pessoa pode querer só “sombra e água fresca” quando outras, num leito de hospital, necessitam de um médico preparado, responsável, comprometido... ou de uma enfermeira habilidosa, paciente e dedicada para dar os cuidados médico-hospitalares necessários?
Se ficamos doentes, certamente queremos o melhor médico, a melhor enfermeira, o melhor atendimento... da mesma forma queremos os professores mais competentes para a formação escolar de nossos filhos...
Então pergunto: como pode uma pessoa querer ser servida, e não querer servir em outro momento? Não querer contribuir? Não somar seus talentos aos de outras pessoas na busca por uma sociedade melhor para todos nós?
A professora, o médico e a enfermeira foram apenas exemplos de uma situação que se estende a toda nossa volta, pois todos nós, sem distinção, necessitamos da prestação de serviços dos demais. Por que então não queremos também servir, também trabalhar em prol das pessoas?
Queremos o mercado aberto e em funcionamento para comprarmos nossos alimentos, queremos atendentes nas farmácias para nos vender os medicamentos que necessitamos, queremos o pedreiro para construir ou reformar nossa casa, queremos os artistas nos brindando com lindas composições musicais ou visuais, queremos que o caminhão de lixo passe e colete nosso lixo, queremos ruas e parques limpos para transitarmos e frequentarmos, queremos pessoas trabalhando em fábricas nas linhas de montagem para nos garantir o conforto e comodidade de um carro em nossa garagem...
Queremos tudo isso e muito mais; mas não queremos participar, servir, trabalhar... queremos só ganhar, só receber... só ficar “na boa” sem fazer nada... não é essa a idéia geral?
Mas queremos um corpo sadio e perfeito, sem limitações podendo ir e vir... queremos um bom desenvolvimento de nosso cérebro; raciocínio rápido e livre, capacidade de pensar, criar e avaliar... Mas não queremos usar todas essas capacidades a favor da sociedade da qual também fazemos parte. Contraditório isso, não? Ninguém quer cair numa cama enfermo... mas nem todos querem usar seus dons para trabalhar, cooperar, colaborar... servir...
Hoje entendo porque muitos nascem em ambientes pobres, com limitações financeiras... precisamos de estímulo para sair de casa e trabalhar, nos tornarmos úteis, em vez de ficar em casa “sem fazer nada”.
Ainda não trabalhamos por amor... Vivemos afundados em nossas idéias egoístas do “maior ganho com menor esforço”. Mas isso não é evolução!
Façamos nossa reflexão sobre tudo isso, e sirvamos com amor, tendo em vista que através de nosso trabalho, idéias e suor, poderemos contribuir para criar um mundo melhor no qual nós também vivemos e nossos filhos vivem e viverão.
Obs.> esse texto foi inspirado em algumas leituras que fiz recentemente e também situações vivenciadas, conversas com pessoas... inclusive com um casal que queria me oferecer um “ótimo negócio” onde eu supostamente ficaria rica sem trabalhar!! (ainda há quem acredite nisso... e pior, quem deseje isso...)
Dentre os livros que li, destaco um trecho do livro “Nossa Evolução” de Waldo Vieira (capítulo 9, página 70):
“Como podemos concluir com lógica, a pessoa – homem ou mulher – chega por exemplo, aos 60 anos de idade e estará positiva, lúcida, benigna, com intenções sadias e, o que é mais importante, produtiva dentro do trabalho a favor de todos.
Ou estará negativa, o começo da senilidae doentia (psicose senil), com maus hábitos, queixas, pessimismo e ranzinzices, improdutiva dentro do trabalho a favor de todos”.