O que tem dentro de nós?
Aconteceu comigo dia desses uma cena dessas que nos trazem uma certa estranheza, que nos fazem questionar a vida, as pessoas, a sociedade e o canto dos pássaros que não cessam por nada nesse mundo.
Eu andava pela praça e de longe avistei um homem de cadeira de rodas que tentava subir a calçada, por ele passou um homem e viu aquela situação, diante disso o homem da cadeira de rodas se voltou para o outro homem e pediu que o ajudasse a subir ali, com um olhar diferente, um ar de o que é mesmo que se passa o homem disse que não iria ajudar, porque o problema não era dele.
Se pararmos para pensar num situação dessas não é só um sentimento de estranheza que nos invade, mas junto um sentimento de raiva, de frustração ou até mesmo de culpa, eu não sei o porque do ser humano ser dotado de uma lei moral pré-estabelecida do porque da necessidade de ajudar, da necessidade de ver a necessidade do outro, isso não compreendo.
Existem diversos argumentos e diversas teorias sobre a existência do homem, se existe um ser supremo de nome Deus que criou tudo ou até mesmo de outro nome, ou se tudo foi uma grande sorte para que resultasse nisso tudo aqui seres pensantes, de determinada inteligência que por mais que a razão os levasse para um caminho os sentimentos neles existentes os tem feito mudar a tragetória e fazer um outro caminho que chega as vezes a ser mais difícil que o primeiro.
Tem sido questionado a existência de Deus a partir da necessidade de algo mais concreto da parte Dele, como se o próprio universo e sua perfeição não fosse, é como se procurássemos a presença do arquiteto na casa que ele construiu, na escada, no teto e não o encontrássemos e esse fosse um bom motivo para acreditar que a casa se fez sozinha, existe muito mais a presença de Deus nas atitudes humanas do que no própria universo.Seria difícil acreditar que se o homem fosse obra do acaso existisse uma lei moral acerca de suas atitudes e esta não estivesse ligada a algo mais profundo, é quando nos deparamos com nossos sentimentos mais puros que encontramos com a presença em nós de algo sem explicação e é quando deixamos que esses sentimentos prevalecem sobre nós que nos abrimos para aquele que nos criou.
Se a bondade de Deus não repousasse sobre nós, se a sua misericórdia não estivesse em nós, se a sua força não estivesse em nós, se o seu poder não se apresentasse em nós, se a sua inteligência não fizesse de nós mais humanos eu teria sim bons motivos para acreditar no acaso, mas enquanto existir alguém que se doe pelo outro, que se importe com o outro, que ame, que tenha esperança continuarei acreditando que existe algo bem mais profundo por trás do homem.