A TAREFA É DIFICÍLIMA
A TAREFA É DIFICÍLIMA
O espiritismo é uma doutrina não é uma religião. De acordo com o dicionário wikipédia temos “in verbis” : “ que o termo doutrina pode ser definido como o conjunto de princípios que servem de base a um sistema religioso, político, filosófico, científico, entre outros”. Já o termo RELIGIÃO, o referido glossário, expõe que o vocábulo vem do latim: "re-ligare", que significa "ligar com", “ligar novamente" pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças”.
Portanto, a Doutrina é a causa enquanto a religião é a conseqüência vem depois e expressa os princípios que a doutrina determinar. A doutrina espírita tem como essência o amor incondicional ao próximo. Nós não estamos afirmando que todos os espíritas amam incondicionalmente. Estamos afirmando que esse princípio é a viga-mestra da doutrina espírita, sem ele a doutrina não teria sentido. O espiritismo é mais contundente quando solidifica seu princípio essencial afirmando que: Fora da caridade não há salvação.
Salvação para nós é um estado de equilíbrio universal, felicidade plena, onde todas nossas imperfeições não existem mais. A salvação é conquistada por cada um de nós observando as ações de Cristo e de outros mestres que nos ensinam como acelerar nossa chegada a esse estado.
Retornando ao sentido universal de doutrina, não podemos nos atar a dogmas, rituais, crendices de forma cega, bitolada com as costumeiras desculpas esfarrapadas de que estamos louvando a Deus; de que somos os merecidos de Deus; o que falamos é mais importante que nossas ações, etc. Nós não conseguimos enganar nem a nós mesmos com esse rosário de ações inócuas.
A religião é uma personificação do que deveríamos ser e não somos. Aqueles cordeirinhos rezando, orando aclamando a Deus e em seguida difamando os irmãos, oprimindo nossos subalternos, sendo omissos com o nosso trabalho. Não tem sentido fazer ecoar nossos cânticos de louvação, percorrer ruas e ruas em procissão se não fizemos o dever de casa qual seja: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Para os espíritas não bastam preces e passes ,tão-somente, é necessário o sentido de estar tomando o passe; que é a busca do equilíbrio que vem de dentro para fora.Nós somos responsáveis por nós mesmos. Assim como o mosquito da dengue, Aedes Aegypti, é transmissor da Dengue; nós somos os transmissores do ódio, egoísmo, da indiferença, da imoralidade, perversidade e da perversão contaminando a nós próprios e aos que nos rodeiam, provocando, assim, o desequilíbrio do universo.
A religião foi criada com o fim único de obscurecer toda nossa maldade, toda nossa falta de coragem para iniciar nossa reforma íntima. Vivemos iludidos com os rituais da igreja e achamos que estamos perto da salvação. Algumas religiões são mais perversas e pregam que para salvação é necessário ser membro de tal igreja, que usar a roupa lá nos pés, jejuar, acender vela e outras coisas abomináveis sem o menor sentido, a não ser o de nos escondermos por trás desses atos inúteis, como se Deus não nos visse além dessa tola barreira.