O sem-deus (Parte I)

O pensamento da humanidade permanece escuro e nunca surge uma nova Aurora, luz não se ver, luz não existe. Diante do glóbulo ocular o que se ver é apenas a permanência e resistência ao velho pensamento em cima do “crucificado”, do velho “deus”, da “salvação”, da “alma”, do “espírito” tudo conceito transpassado, carcaça de pensamentos injetados nos seres que é demasiado abobalhado.

A carga de burrice que carrega a humanidade inteira vem do movimento teatral lá do início. A crença, a devoção por imagens e por milagres são conceitos totalmente velhos e que são posto ano a ano em ascensão para que os ingênuos nunca se esqueçam do essencial que mantém irrompível os pilares dos mantos de enganação e sendo assim movimentam o desejo de oração, esse desejo hipócrita de por os joelhos no chão e as mãos para o ar.

O velho deus já está aniquilado e mesmo assim é repisado por aqueles que o quer ressuscitado todos os dias. Quando criança somos posto em torno de varias vertentes falsas, ou seja, já somos trabalhados desde pequeno para aceitar as imaginações dos mais altos, dos superiores. Eles nós faziam ter medo contando historias fantasiosas como: “O bicho papão”, “Mula sem cabeça”, “Lobisomem” e tantas outras que nós faziam tremer de medo e acreditar definitivamente que toda essa fantasia existia. Acreditei nisso até os dez anos outros além de mim levam essas crenças para o resto da vida e vivem crendo no inimaginável. Todo esse bando de cristão são essas crianças que se deixam levar por contos de fadas contadas pelos seus semelhantes manipuladores.

Um velho amigo néscio afogado em suas próprias arrogâncias repete pra mim varias vezes: “O homem é a imagem e semelhança de deus” quando lhe peço para definir o homem em seu caráter mais perceptível, em sua forma mais brutal de viver, em seu espaço disputado, guerreado, metralhado constantemente. Ele foge do assunto e se encolhe em suas próprias duvidas e mesmo assim não dar o braço a torcer então eu reforço minha tese em varias perguntas: o homem é matador? Ele é mentiroso? Ele é mesquinho e arrogante? Ele é falso com os outros e consigo mesmo? É totalmente impossível de ele me negar essas perguntas por que ele tem a total consciência de todas as perguntas no mais tardar ao balançar a cabeça acaba se destruído e aniquilando seu própria deus por que ao balançar a cabeça ele só confirma o que está escrito no livro bajulado: Você acaba de me provar que seu deus é tão insignificante quanto você, pois se o homem é matador, mentiroso, mesquinho, arrogante, falso e negador de verdades alheias o seu deus também o é visto que o homem é a imagem e semelhança do seu poderoso inventado.

Ouve-se sussurro na igreja ao lado o pastor grita é uma das formas de pregação criada no século XX para dominar a sensibilidade dos fieis, a igreja é um comércio bastante exigente para com a contratação dos seus funcionários (pastores) vide o que é necessário para entrar para o grupo de extorsão aos cegos deprimentes: Emoção forte, domínio da oratória, que saibam captar seu público alvo, que saibam ganhar a confiança e a freguesia, que seja um fingidor de mão cheia e que saibam contar histórias impossíveis.

Esses são os pontos fortes para contratação no comércio religioso, há de haver outros figurantes em cada canto da igreja para que dêem início aos louvores, esses são aqueles que se manifestam primeiro e levam toda a multidão a gritarem “Aleluia”, “Gloria a deus”, a levantarem as mãos, darem as mãos, cantarem, gritarem, vibrarem. Por isso esses figurantes são percas fundamentais para o comércio religioso.

Não posso crer em um deus que é a imagem e semelhança do homem esse destruidor das verdades absolutas, esse sanguinário e rancoroso, essas sanguessugas, esse vermes, esses niilistas que pregam com a mão na bíblia outra no dinheiro pescado sem esforço. Não posso crer nesse deus com esses adjetivos pequenos. Criaram a imagem e a imagem é tão fraca que só os tolos, essa multidão de tolos não enxergam e nem colírios resolvem o problema que não é problema é a única solução para a deturpação de verdades que andam ainda em ascensão no século XXI crescente.

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