STRESS: O VILÃO DO SÉCULO

STRESS: O VILÃO DO SÉCULO.

Muitas são as palavras e siglas que tem sido incorporadas ao nosso vocabulário no dia-a-dia. E-mail, twiter, globalização, DST, enfim estas e tantas outras que desfilam na mídia, em suas muitas manifestações em que em muitas situações recordo de uma música de nosso Chico Buarque que diz: “tantas palavras que eu conhecia só por ouvir falar, falar, tantas palavras que ela gostava e repetia só por gostar.”

Nossa relação com as palavras é mesmo esta: usamos palavras que muitas vezes não sabemos sequer o seu real significado. Repetimos, aliás, somos grandes repetidores , de palavras, ações, sentimentos, relações e promessas, mas este é outro assunto.

Existe uma palavra que particularmente em boa gíria “virou a bola da vez”: STRESS.

Afirmamos em alto e bom som: estou estressado! Ou alguém próximo diz: não suporto mais tanto Stress. Usando a técnica do koan dos mestres do oriente, diríamos que “somos uma xícara cheia demais”. Não temos espaço no nosso mundo íntimo para mais nada. Estamos abarrotados de pré-ocupações, ansiedades, angústias, medos, buscas (de coisa nenhuma), e agitados caminhamos pelas ruas com o rosto tenso e angustiado.

Mas afinal de contas, o que é Stress? E a grande pergunta: como lidar como ele?

O Dr. Selye estudioso do assunto define o Stress como um “reação à sobrecarga”, ou usando uma metáfora, “pisamos fundo no acelerador do nosso fusquinha tentando chegar a 180 Km/h”. Nesta situação dizemos que nosso fusquinha entrou em estado de Stress. O mesmo acontece com o nosso organismo quando o sobrecarregamos com excessos de várias origens.

Quais são as fontes do Stress? São muitas, mas as mais comuns são: raiva, ódio, ruído, nicotina, medos, até mesmo coisas que normalmente consideramos boas como um casamento. Há uma grande quantidade de fatores estressantes. Mas segundo o Dr. Selye os maiores causadores do Stress são a raiva, o medo, e as frustrações. Daí a necessidade de cultivarmos bons pensamentos, equilibrarmos os nossos sentimentos e emoções, e buscar o autoconhecimento.

Não gosto de “receitas de bolo” para determinados assuntos na vida. Mas algumas funcionam, e muitas vezes são necessárias. Também é preciso dizer que nem todo Stress é fonte de doenças, e uma certa dose de Stress, é “sal da vida”. Até mesmo porque as pessoas reagem de maneira diferente diante dos acontecimentos e fatos da vida. O que para um pode ser um desastre , para outro, quase nenhum efeito produz.

Porém não podemos esquecer que o Stress crônico é perigoso e pode levar a várias doenças de fundo psicossomático. Com certeza uma boa atividade física, que respeite nossos limites, um hobby que exerça em nos um “encanto” e momentos de prazer, pensamentos que elevem, e principalmente não querer carregar o mundo nas costas, lembrando-nos da mitologia grega Atlas que era um Titan condenado por Zeus a sustentar os céus sobre seus ombros.

Afinal vale o conselho: “ não faça a sua felicidade depender daquilo que não depende de você.” Qualquer dificuldade maior não deixe de procurar a ajuda de um profissional habilitado para ajudá-lo a conquistar uma vida mais plena de felicidade.

Termino este artigo com um pouco de Stress, como tempero, “sal da vida” , porém desejando sucesso em sua jornada na procura de uma existência com menos Stress e mais paz e realização íntima.

PAULO CESAR CUNHA

PROFESSOR DE HISTÓRIA E CONTABILISTA.

cesarcunha@oi.com.br