A MAIS CONCRETA REPERCUSSÃO DA ÚLTIMA ASSEMBLÉIA NA PAULISTA: Ufa, até quem fim!

FAX URGENTE

Nº 34

23/03/2010

(Transcrito na íntegra)

"Negociação, já!"

"Esta foi a tônica da audiência pública realizada nesta terça-feira, 23, na Assembleia Legislativa. A reunião contou com participação de centenas, de profissionais do Magistério. Também participaram deputados de oposição que compõem a Comissão de Educação, líderes partidários e o presidente da Assembleia Legislativa. Representantes do governo não compareceram.

Todas as intervenções foram favoráveis ao movimento de greve dos professores diante da desvalorização instituída pela administração do PSDB. Além disso, os oradores registraram indignação com a intransigência do governo que não se propõe a negociar com os representantes do Magistério. De forma unânime, solicitaram aos parlamentares, em especial ao presidente da Casa, que intervenham junto ao governo estadual para que negociações sejam abertas, colocando um fim ao impasse criado.

A presidenta da APEOESP, professora Maria Izabel Azevedo Noronha, reforçou este pedido, afirmando que “negociar é salutar”. Bebel também reafirmou que o governo poderia ter transformado o montante do bônus em reajuste salarial, valorizando a categoria e melhorando a qualidade do ensino.

A tribuna ainda foi ocupada por representantes das seguintes entidades: CPP, Udemo, Apampesp, Apase, Sintepps, CNTE, União Paulista dos Estudantes Secundaristas, Federação dos Servidores Públicos, CUT e Conselho do Funcionalismo do Estado de São Paulo, representado por seu presidente Carlos Ramiro de Castro.

Ao final da audiência, o presidente da Assembleia Legislativa afirmou que a postulação dos professores é justa e que fará tudo o que estiver ao seu alcance para abrir um canal de negociação entre os trabalhadores da Educação e o governo paulista.

Local da reunião do Conselho Estadual de Representantes

A reunião do Conselho Estadual de Representantes desta sexta-feira, 26 de março, acontecerá a partir das 10h00 no Beeby’s Gourmet Morumbi, localizado à rua Dr. Clóvis de Oliveira, 224, Jardim. Guedala – Morumbi próximo ao Shopping Butantã e av. Prof. Francisco Morato

Apoio à greve dos professores

O site da APEOESP (www.apeoesp.org.br) está disponibilizando um manifesto de apoio à greve dos professores e pela abertura de negociação. O manifesto poderá ser assinado no próprio site. É importante que as subsedes divulguem o link para que consigamos um grande número de assinaturas." (FONTE APEOESP)

A MAIS CONCRETA REPERCUSSÃO DA ÚLTIMA ASSEMBLÉIA: POR QUE ESSE FAX É IMPORTANTE?

Segundo o fax urgente da APEOESP, entidade sindical representativa dos professores do Estado de São Paulo os presidentes dos sindicatos que se encontram na luta com os professores foram recebidos hoje pelo chefe de gabinete, Fernando de Paula e foi protocolado um documento solicitando uma nova audiência pública para tratar das negociações com o governo. O chefe de gabinete ouviu as solicitações das entidades , reiteradas pelos presidentes. As entidades tiveram a oportunidade de rebaterem as afirmações do secretário de Educação Paulo Renato, que dizia não ter sido procurado para negociações. Os representantes dos das entidades sindicais lembraram ao chefe de gabinete as diversas ocasiões em que solicitaram negociações conjunta e individualmente, antes e durante a greve, sem êxito. Pelo menos TRÊS OFÍCIOS foram protocolados em 2010: 19/01, 16/03 e 23/3, hoje.

Na audiência de hoje, a APEOESP e demais entidades do magistério reafirmaram seu descontentamento com as AVALIAÇÕES EXCLUDENTES impostas pelas Leis 1993 e 1097, essa última institui o sistema de promoção para os integrantes do Quadro do Magistério da Secretaria da Educação e dá outras providências. O representantes demonstraram ainda o seu descontentamento com a política de BONUS, a discriminação aos APOSAENTADOS e a forma como o governo vem tratando a greve dos professores. O chefe de gabinete comprometeu-se a LEVAR as SOLICITAÇÕES ao secretário da Educação. O fato de o chefe de gabinete ter recebido as entidades sindicais já representa uma luz no fim do túnel. Aliás, túnel é o que o governo do PSDB antecessor de Alkimin e Serra mais soube abrir nas marginais, túneis e pedágios são as obras prediletas desses governos tucanos. O ex-governador Mario Covas abriu vários túneis na educação, Serra abriu vários pedágios, ou seja, barreiras, que só a mobilização forte poderá transpor. A última ASSEMBLÉIA tinha 60 mil professores ocupando a Avenida Paulista, e a próxima ficou marcada para dia 23 de março na ALESP.

Se hoje, uma pequena fresta de luz apareceu no fim do túnel construído pelo PSDB na educação, e se já conseguimos transpor algumas barreiras e pedágios do governo Serra e do seu secretário, é sinal de que a mobilização ainda é a única arma que nos resta para reivindicar nossos direitos e uma escola melhor para os filhos dos trabalhadores que confiam a nós a educação formal de seus filhos com objetivo de que sejam eles os cidadãos do futuro, no presente eles são aprendizes, no futuro serão cidadãos críticos, responsáveis e participativos. É isso que todos os professores e os demais profissionais da educação esperam.

Enquanto profissionais, nosso maior mérito e avaliação não é aquele que o governo impõe, entendemos que as provinhas ou provões que arbitrariamente foram instituídas através das Leis 1093 e 1097 de 2009, constituem um meio de subestimar e subordinar ainda mais a categoria dos professores e professoras. Os que se sentem estigmatizados e constrangidos por não atingirem a média nas provas só tem um meio de reagir: ir para a Assembléia. Com sua alto-estima afetada e em baixa por conta do estigma da “reprovação”, entendo que as tais avaliações só vieram com um único objetivo: desmoralizar essa categoria tão sofrida, justificar a inércia da múmia paralítica desse governo que engessa a educação através de uma proposta curricular cheia de falhas, confusa que chegou aos alunos em forma de um caderninho onde as aulas dos professores foram CRONOMETRADAS. É impossível cronometrar aulas com temas tão longos como a Segunda Guerra Mundial ou Nazifascismo, onde professor tem que abrir um verdadeiro debate sobre os assuntos. Impossível em uma aula por semana como se fez com História, área mais prejudicada, seguida pela Geografia. Essa áreas por serem formadoras de opinião crítica do aluno, foram reduzidas em mais de 50% nesse currículo do Serra e de seu secretário. O que um aluno aprende com uma aulinha por semana? Nada!

O progresso dos filhos de trabalhadores está nas mãos dos professores, e o governador sabe disso. Entretanto, ele está acabando com o EJA (Educação de Jovens e Adultos), curso voltado para trabalhadores que tiveram o seu direito ao estudo cerceado pela necessidade imposta pelo sistema capitalista industrial), porém, não é só com o EJA que o PSDB está conseguindo acabar, os tucanos estão tentando acabar também com o ensino regular sucateando e deixando de investir na educação, eles metem na TV quando mostram escolas bem equipadas. Por que só mostram escolas da capital? Por que só mostram escolinhas pequenas e mais próximas do centrão? Por que só mostram nas propagandas escolas do interior? Por que não mostram as escolas pichadas da periferia? Porque esses governos tucanos são mentirosos e querem enganar a população. Eles oferecem kitis compostos com bolsa, cadernos, réguas, canetas e lápis para os alunos feitos pela Kalunga que deve estar faturando muito nesse governo, com isso querem se promover e ganhar a confiança dos jovens e pais desses alunos e com isso, chegar à presidência. É o chamado clientelismo que Serra coloca em prática na educação paulista. Ele quer fazer da escola um curral eleitoral e laçar os eleitores pelos “benefícios”. É assim que o governo nos trata: como gados. Quer nos laçar, as diretorias e regiões são como currais eleitorais e seus jagunços são aqueles lambe-botas que ainda acham que esse governo é o melhor que podemos ter, isso por conta de bolsa-família, projeto família na escola que permitiu alguns professores “voluntários” fazerem uma faculdade enquanto trabalhavam de graça aos sábados e outros. Que a miséria não faz! Faz alguns considerarem o pior dos lacaios um deus, mesmo sendo o seu poder neoliberal o pior dos leviatãs. Somos contra a instituição de provas para professor, por quê?

1º) uma avaliação feita pelo governo não avalia nada, mas um aluno que progride, e vai para uma faculdade, cresce no mercado de trabalho, e ainda sai da escola como um cidadão politizado, essa sim, é a nossa maior avaliação e prova da competência de um professor.

2º) o método do Serra exclui centenas de profissionais da educação que dedicaram maior parte da sua vida a essa profissão e hoje, com a estabilidade de 12 aulas terá que se reorganizar para sobreviver com pouco mais de 500 reais por mês, cumprindo horário na sala dos professores e à disposição da escola. Perto da aposentadoria? Que absurdo, não?

3º) Os professores e professoras aposentados do magistério estão fora do plano de carreira desse governo, pois não poderão fazer as tais provinhas, logo nunca mais terão aumento de salário.

4º) tecnólogos e estudantes passam na frente de professores habilitados e de longa experiência em sala de aula, tomando o lugar desses. Claro, para economia do governo isso é viável, pois um estudante não terá as vantagens de um professor de 20 ou 30 anos. Quinquênios, adicionais, gratificações ao longo dos anos... Isso tudo cai e o salário? Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó...

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