Tratamento dos Fóbicos
Tratamento dos Fóbicos
Normalmente, os fóbicos são pessoas que tiveram educação rígida, estimuladora da ordem, da conseqüência e do compromisso. São pessoas excessivamente preocupadas com o julgamento alheio, com a opinião dos outros sobre si, são perfeccionistas e determinados.
Com essas características os portadores de fobia costumam ter alto senso de responsabilidade, bom desempenho profissional e avidez pelos desafios da vida social.
Geneticamente, já se sabe que os filhos de pais fóbicos têm 15% de possibilidade de perpetuar o comportamento na idade adulta.
Na busca de tratamento, os pesquisadores com visão mais Neurológica e Orgânica empenham-se na descoberta de que o Sistema Límbico seria regulado por duas substâncias chamadas neurotransmissores: a Serotonina; e a Noradrenalina. São essas mesmas duas substâncias que se relacionam ao humor e às sensações de prazer e bem-estar.
Por causa desse tronco da pesquisa científica foram encontradas várias substâncias reconhecidamente eficientes no tratamento do Pânico, da Fobia e da Depressão.
O tratamento dessas desordens emocionais não parece ser nem exclusivamente medicamentoso, nem exclusivamente psicanalítico: o uso temporário de medicamentos, criteriosamente recomendados, ajuda o paciente a reduzir os drásticos efeitos dos ataques, possibilitando a continuidade da análise, que se faz fundamental no resgate da história individual, cujo desenlace resultou na Fobia ou na Síndrome do Pânico.
O Tratamento Medicamentoso consiste principalmente nos antidepressivos e, mais recentemente, em medicamentos que atuam nos neurotransmissores dessas emoções.
O Tratamentos Psicológicos para as Fobias e Síndromes de Pânicos são de três tipos: Terapia Comportamental; Terapia Cognitiva; e Terapia Interoceptiva.
Terapia Comportamental expõe o paciente à situação que lhe causa a fobia, a fim de sua superação.
Quem foi tomado por fobia a dirigir, começa o tratamento dando partidas no carro. Depois, o paciente é estimulado a dar pequenas voltas em lugares de pouco risco. O percurso e os riscos relativos ao itinerário vão aumentando progressivamente. Chega um momento em que o paciente sente-se seguro até para retornar a direção sem qualquer acompanhamento psicológico.
Terapia Cognitiva, na qual o paciente é conduzido a analisar racionalmente suas fobias, forçando-o a sair do imaginário para o real.
Uma série de questionamentos feitos pelo terapeuta, sobre suas razões das tormentas no imaginário, é respondida com negativas às mesmas e trazendo-o para as calmarias da realidade.
Depois de algum tempo o paciente é estimulado a enfrentar progressivamente a situação que lhe provocam as reações resultantes das fobias, de forma semelhante à Terapia Comportamental.
Terapia Interoceptiva muito utilizada nas Síndromes de Pânico. Consiste em estimular o paciente a preparar-se para enfrentar os sintomas físicos resultantes das fobias.
O Tratamento consiste no ensinamento de uma técnica de respiração abdominal para controlar essas sensações horríveis.
Na ocasião dos ataques deve respirar pelo nariz de forma lenta e profunda de forma que o ar chegue ao abdome. Em seguida expirar vagarosamente pela boca.
Para preparar melhor o paciente, às vezes, o terapeuta faz o paciente provocar sintomas como a tontura, girando-o bastantes vezes numa cadeira giratória. Ao sentir tonturas semelhantes às que é acometido nos acessos fóbicos, ou nos ataques de pânico, realiza o exercício respiratório ensinado.
A técnica não cura, mas pode atenuar bastante as incidências e as sensações resultantes.
Além disso, o paciente ao perceber, que tem algum controle sobre àquelas sensações horríveis, adquire mais confiança e acaba por temer menos as situações, que detonam os ataques.
Complementa este artigo outros dois: “O Que é Fobia” e “Classificação das Fobias”.
“Medo” é tentativa em rimas, cheia de receios e medos, para cantá-las para celebrar o encerramento do tratamento que trouxe ótimos resultados ao fóbico.
“Quatro Gigantes da Alma” – Emilio Mira y López;
Frederico Graeff – USP;
amban.org.br - Márcio Bernik e Fábio Corregieri;
gballone.sites.uol.com.br;
revista Veja;
revista CB Juris – Ano 1 – nº 2 – Junho 99 – Fernando Basile da Silva