Mulheres, amor e traição.

Todo o mundo que ama alguém anseia ouvir “eu te amo” da outra pessoa. Porque o que gostamos mesmo é de reciprocidade. Mesmo que o outro não ame à nossa maneira o “eu te amo” é como se fosse a condição para que nos achemos importantes. Quando isso não é dito muitos acabam duvidando do suposto amor. Porém, nem tudo que é sentido é falado e nem tudo que é falado é sentido. Ou seja, nem sempre quem ama diz amar e muito menos os que dizem amar amam realmente. E é por saber do peso do “eu te amo” – ou de qualquer outra expressão que sabemos que o outro quer ouvir – que muitos se aproveitam.

Muitas mulheres se submetem a serem amantes na esperança de que um dia o cara passe a ser somente “seu”. Além da esperança sem causa, na maioria dos casos, ela se dá, porque o outro faz promessas: “tenha paciência! Eu vou deixá-la e ficar só com você!”

E assim os dias vão passando, o “relacionamento” vai se firmando e ela continua lá na posição de “amante”!

Claro! Afinal, por que alguém que não considerou a mulher e toda uma história de vida, às vezes até os filhos, teria consideração contigo? Por alguém que se subjugou a essa condição?

Para os outros não importa se você tem bom coração, se tem boas intenções, se estava somente sendo levada por um sentimento, o que importa é o título que você carrega.

Ou nunca reparou que as pessoas são apresentadas por nome e título?

Definitivamente ninguém vê com bons olhos a posição de amante. Seja qual situação for, seja lá quem você for. Para os outros, você é sempre o sem-vergonha.

E a vergonha deveria ser algo que nunca poderíamos abandonar. Vontade nós temos, sentimentos nós temos, mas deveríamos ter a vergonha de cometer certas coisas. Se não pudermos controlar nossas emoções que ao menos controlemos nossos atos.

Claro que há também aquelas amantes que são o que são apenas por prazer, porque gostam da safadeza. E é claro também que assim como há homens safados há mulheres safadas.

E são as próprias mulheres que contribuem para a safadeza dos homens. Tanto por também estarem sendo, quanto por aceitarem todas as que eles fazem; afinal se não é tomada uma providência tudo passa a ser habitual. Quem trai uma vez pode não trair duas, mas quem trai duas, trai 3, trai 4...

Daí vêm o “eu te amo” e ameniza tudo. Daí vêm às falsas promessas ou aquela pontinha de esperança. Sem contar a motivação do sentimento “ele não pode preferir ela!”. Mas, às vezes, a esperança precisa ser jogada de lado e passar a viver na realidade.

Quem nos faz o mal continuamente, não são aqueles que nos amam. Não faz sentido isso ser característica daqueles que nos amam e odeiam.

Para os amantes: amar é abrir mão de alguns hábitos, de algumas manias, mas nunca abrir mão de si mesmo.

Para os traidores: abrir mão de certas coisas não nos torna submissos ou menos “homens”, mas torna as coisas possíveis.

O amor se esconde naquele olhar, naquele gesto de carinho, naquele ato em que você é levado em consideração. Nunca atrás daquele duplo relacionamento.

O amor é certeza! Quem ama não tem dúvidas, quem é amado dificilmente tem. O verdadeiro amor é igual ao "orgasmo feminino" se você tem dúvidas é porque nunca teve um.

Acima de tudo, o amor é um sentimento que não precisa de promessas ou que precisa ser dito para ser identificado. Você o nota pelas atitudes desprendidas, por cada detalhe que apesar de serem só detalhes são extremamente perceptíveis. E é por tudo isso que nem é preciso dizer. Pois cada ato se torna mais válido que qualquer palavra.

Raquel Lima
Enviado por Raquel Lima em 11/03/2010
Código do texto: T2133085
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