Arte coletiva pode ser uma experiência imperdível
| Por: Raquel Crusoé Loures de Macedo Meira
Enquanto Coordenadora de Cultura da UNIMONTES, realizamos muitos e muitos eventos como também vivenciamos situações inesquecíveis.
Em um dos Salões Culturais, fiz uma proposta aos alunos da graduação do então Curso de Artes Plásticas, hoje, curso de Artes Visuais: em uma noite, durante duas horas, em um palco com as luzes da ribalta da praça de eventos da universidade, diante de um público de acadêmicos, professores,funcionários, visitantes e convidados especiais, fazer o projeto e executar um painel.
Eles aceitaram o desafio, sabendo que a dificuldade não seria na realidade a execução do trabalho. Se tivéssemos chamado apenas um artista, não seria um desafio. O embaraço em si, seria a conciliação de idéias: conteúdo, formas, cores, temperamentos, tendências e história de cada um.
Enfim chegou o grande dia. Todo o cenário montado: tintas, pincéis e painel único sob o olhar atento de uma platéia significativa. As composições de Mozart ecoavam pela praça, buscando transportar toda a genialidade e criatividade do compositor para aquelas mentes acadêmicas ansiosas e férteis, em personalidades caracteristicamente fortes e independentes.
Inicialmente uma explosão de idéias. Muitas cabeças pensantes. E o tempo passava...
Em um dado momento, como em um passe de mágica, veio o consenso e, como um vendaval, todos puderam assistir uma eclosão de idéias e logo após a polêmica natural gerada por estas mentes de artistas, a unificação, a evidência da razão sobre a emoção. A partir de então, em pouco tempo, estava pronto o painel para o “ happy end” da noite.
A relevância deste evento que propôs a unificação entre a razão e emoção, talvez não tenha sido a própria obra de arte, mas sim, a oportunidade de unificar mentes com histórias e temperamentos diferentes e fazer vencer o respeito, a compreensão e solidariedade nestas mentes brilhantes e fantásticamente criativas.