PAZ

Palavra curta mas muita significativa. Aproveitando o tema do ano 2005 da CF, ecumência e já não era por menos, SOLIDARIEDADE E PAZ. Ao pé da letra,Solidariedade quer dizer

“ligação mútua entre duas ou mais pessoas; adesão a uma causa; vivência; etc., dever a ser cumprido por todo homem diante de seu semelhante” e, Paz “ Relações tranqüilas entre duas ou mais nações; estado tranqüilo de um povo, de nação, que não tem inimigo a combater, tranqüilidade pública; concórdia; descanso, silêncio, sossego da alma”, ambas definições, segundo o Novo Dicionário Ilustrado, de Faissal El Khatib, Editora Jácomo.

Quero me ater a tão somente ao substantivo Paz.Teríamos uma Paz verdadeira se todos nós tivéssemos Deus no coração, despojados que fôssemos dos bens materiais, do dinheiro,da ganância, das ilusões terrenas. Trocaríamos o TER pelo SER. Teríamos o essencial para vivermos tranqüilos: um domicílio, um automóvel, um emprego ou uma empresa, uma família, um nome a ser respeitado, crédito na praça, enfim um líder nato dentro da comunidade ou nos vários setores da mesma. Não adianta nada tentarmos promover a Paz, se não a temos no nosso coração e dentro da sociedade patriarcal. A Paz, como outras ferramentas, deve obedecer a uma escala, após cada um de nós, em cada família, em cada cidade, em cada estado, em cada país e em todo o planeta. È difícil, é, mas começamos por nós mesmos e urgentemente. Ainda quero falar da Paz, como simples mortal,devendo ainda

lembrar do autor de” A Paz esteja convosco”, o Cristo. Desejar a Paz ao irmão, na minha modéstia opinião, é cumprimentá-lo Bom dia, Boa Tarde, Boa Noite; perguntar se estar tudo bem,etc.. Tirando-se um paralelo com a moedinha do evangelho: Quem faz o melhor gesto, o indivíduo que cumprimenta o seu desafeto ou o que cumprimenta o se amigo? Com certeza, quem cumprimenta o seu desafeto. Cristo nos ensina: se queres comungar a hóstia consagrada, vai primeiro ao seu irmão e reconcilie com ele. Peça e dê-lhe o seu perdão desejando-lhe a Paz. Nenhum de nós cristãos católicos e evangélicos; espíritas ou de outras religiões e crenças, vivemos em Paz em sã consciência, quando ainda vemos o nosso semelhante e irmão passando fome, passando frio, passando todo tipo de humilhação, serem assassinados, pessoas que não têm fôrças para reagir do leito de morte, de se defenderem, de irem em busca do labor, e tantas outras mazelas corporais e espirituais.Têm

Paz os que cruzam os braços, tapam os ouvidos, fecham a boca? Têm Paz os que vêm o extermínio dos animais e das florestas, a poluição da terra da água e do ar, o alastramento e difusão das drogas entre os jovens, do alcoolismo cada vez mais precoce o seu uso por ser um vício barato, do tabagismo que também está matando pessoas jovens, do stresse do dia-a-dia, do assédio sexual e do aumento da prostituição feminina e masculina, do assédio moral, do consumo de muitos alimentos contaminados por agrotóxicos, entre outros problemas mundiais? Teria eu, particularmente, Paz se fosse um medroso, um mentiroso, um conivente com falcatruas, pregar uma coisa e praticar outra completamente diferente, ser um excluidor e perseguidor, ser mais um da panelinha, não ter uma convicção política para o bem da comunidade, almejar cargos sem ainda estar preparado e só para ter status, ser servido em vez de servir, etc.. Acho que só tem Paz quem acredita nela, mesmo os excluídos, os que padecem pela opressão e injustiça humanas e os que primam pela verdade. Vivem em Paz quem prega o Evangelho, diz palavras bonitas, decora capítulos e versículos, mas na vida real faz tudo contrário? Não sejamos “sepulcros caiados” conforme nos diz o santo evangelho de Mt., 23; 27 e seguintes. Pratiquemos obras de caridade (visitas aos doentes, presos, alimentos aos famintos, etc.) para que um dia “Descanse em Paz”.

Autor: Ponga (Rua Rotary, 73–email:adionesgsilva@pop.com.br SPJ/Doc002/JDS/FEV/05.