PROFESSORES ABREM MÃO DAS FÉRIAS PARA NÃO PERDER DIREITOS

Muitos professores nem foram viajar preocupados com as provas que o governo José Serra instituiu. Todos os trabalhadores têm direito a gozar seus 30 dias de férias. Os operários que tiram suas férias e podem viajar tranqüilos, voltar sabendo que seu emprego está lá. O professor não, com esse governo não dá mais para viajar nas férias sem ser importunado pelas preocupações sobre: qual vai ser o próximo golpe do governo? O que ele irá aprontar desta vez? Essas são coisas, que tiram o sossego e o sono de muitos professores das escolas estaduais de do Estado de São Paulo. Esse período de férias é atípico e o pior para nós que optamos por trabalhar na educação. O governo instituiu uma “PROVINHA” para professores temporários e outra para os efetivos são as chamadas provas de competência e de meritocracia. Que férias existem para quem tem que ficar estudando teorias, para garantir emprego ou para ver se merece aumento salarial? Se a palavra FILOSOFIA significa “Amor aos saber” esses estudo teriam que ser voluntariamente, pro prazer e não para ver se pega aulas ou não, e se teremos aumento ou não. Essa idéia do governo de colocar em cheque a competência dos professores por uma prova duvidosa em seus critérios vai contra os princípios da própria filosofia da educação que diz que a busca do conhecimento deve ser por prazer e não por imposição. Não tem férias para quem tem que estudar de forma pressionada para garantir emprego ou aumento. Essa forma de lidar com os professores é uma ditadura que recai sobre toda a educação, uma ditadura exercida por um governo fascista e por seu secretário. Nem nos anos de chumbos ou no Estado Novo fomos tão pressionados, e ainda chamam esse governo de democrata? Como falar em educação democrática se o governo nem escuta o que os professores têm a dizer sobre suas medidas truculentas? Muitos professores convivem há anos com uma escola sucateada, salas super lotadas, ameaças por parte do governo e do seu secretariado. Quantos secretários os secretárias passaram pelos governos e os professores continuaram sem melhorias efetivas no que diz respeito à situação em que se encontram as condições de trabalho, o salário deteriorado desde 1998 pela inflação, sem os gatilhos estipulados por LEI que nenhum governo do PSDB obedeceu? É por esssas e outras razões, que os professores compareceram à Praça da República em pleno período de férias. Aos poucos eles foram chegando e daqui a pouco já eram cerca de 5 mil professores concentrados neste dia 15 de janeiro de 2010. Porém há jornalistas que trabalham a favor só do governo, eles evitam publicar matérias verdadeiras e publicam mentiras. (Fonte: Luísa Brito Do G1, em São Paulo- Globo.com. http://www.redebomdia.com.br/Noticias/Dia-a-dia/9829/Apos+pressao+da+Apeoesp,+governo+volta+atras+na+contratacao+de+professores+temporarios)

A polícia que também está ferrada com esse governo ganha para mentir, veja: “Segundo a Polícia Militar, cerca de 150 pessoas participaram do evento, que foi finalizado às 16h”. Eles não sabem contar, aprenderam Matemática para trabalhar os números contra nós. Ingratos, se passaram nos concursos da PM é porque tiveram um professor um dia, agora mente e divulgam números falsos e que interessam ao governo. Se tivesse apenas 150 professores naquela praça o secretário nem receberia o sindicato para negociar ou mudar seus critérios. Nunca que 150 pessoas ameaçariam e pressionaria o governo. Tinha cerca de 5000 professores ali. Eu vi, e eu estava lá!

Os pseudos especialistas, pseudos jornalistas e pseudos críticos da educação e dos professores não enxergam a realidade, e aplaudem o Serra por sua “ousadia” e “coragem” de instituir uma PROVA pra professor, mas eles esqueceram que a categoria dos professores alvejada por tantos ataques do governo é composta por pessoas que passaram boa parte de suas vidas dedicada aos estudos. Eles desconsideram as experiências acumuladas ao longo do anos no magistério e apóiam o governo que tenta jogar na lata do lixo a cidadania do professor. Se a Folha de São Paulo, o Globo, o Estadão e qualquer outra instituição resolvesse jogar fora toda a experiência acumulada desses jornalistas que criticam os professores e apóiam o governo, o que iriam dizer em suas matérias? Com certeza não estariam falando bem de seus patrões. Não se abandona nem se despreza a experiência profissional, não se anula por uma provinha barata toda a riqueza cultural acumulada por um professor que passou anos em sala de aula. Só aqui que os mais velhos são desprezados. É essa a péssima lição do governo: ensinar os mais novos a passar por cima dos mais velhos, e é isso que o governo quer fazer ao estipular essas prova. Elas implicam em perda de direitos para os professores e desconsidera a sua experiência e tempo de serviço. Seria isso a princípio, mas os professores deixaram seus passeios e lotaram a República e o secretário resolveu mais uma vez mudar os critérios que iriam prejudicar ainda mais os professores.

O Sr. Gilberto Dimenstein com seu jornalismo totammente e 100% PARCIAL trabalha sempre a favor do governo. Em nenhum instante em seu artigo esse jornalista fala que nas provas instituídas anulam a experiência profissional e passa por cima de outras leis e direitos. Em nenhum instante ele diz que nenhum governo, e muito menos esse, respeitou o plano de carreira que estipula o gatilho em março para repor pelo menos as perdas nas inflações. É fácil para qualquer jornalistazinho parabenizar o governo, mas não é fácil falar das violências e dos descasos do governo, do abandono das escolas e das conseqüências que todos os professores passam numa sala de aula da periferia ou mesmo da capital por conta das políticas equivocadas do governo. Os professores estão reagindo. E nossa reação já tem algum resultado, mesmo que tímido, é positivo. Veja:

JÁ ESTÁ ROLANDO NA MÍDIA E NA INTERNET: SECRETÁRIO VOLTA ATRÁS NOS CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÃO DE AULAS DOS PROFESSORES

DIA-A-DIA

EDUCAÇÃO

Sexta-feira, 15 de janeiro de 2010 - 21:58

Após pressão da Apeoesp, governo volta atrás na contratação de professores temporários

Luís Fernando Wiltemburg

Agência BOM DIA

“O Secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza, mudou nesta sexta a característica do processo seletivo para admissão de professores em caráter temporário, após manifestação promovida pela Apeoesp na Praça da República, na capital. Trinta e nove professores de Bauru participaram do ato, que teve cerca de cinco mil pessoas.

A partir de agora, a prova terá caráter classificatório, ao invés de eliminatório, como era originalmente. Com a mudança, não há mais nota de corte e até os professores que não se inscreveram no processo seletivo poderão participar da atribuição de aulas. Neste caso, será levado em conta o tempo de serviço

Na quinta-feira, a Apeoesp realizou manifestações nas 93 cidades onde há diretorias regionais de ensino, como Bauru, também contra o processo seletivo de contratação dos ACTs (admitidosem caráter temporário), como são chamados os professores temporários. Segundo a diretora estadual do sindicato Suzi da Silva, a nota de corte poderia prejudicar o preenchimento de vagas em salas de aula.

O conselheiro da Apeoesp em Bauru, Marcio Lelis Diniz, que participou do movimento, considera a mudança um avanço. "O governo deveria ouvir mais os professores e menos seus tecnocratas", dispara. Apesar disso, Marcio garante que o recuo do governo não levará à desistência da ação que tenta cancelar a prova na Justiça.” (Agência BOM DIA)

Companheiros, não adianta a imprensa governista divulgar que tinha 800 professores e nem adianta a Polícia Militar, divulgar que tinha 150, tinha era 5000 professores ali e na próxima assembléia terá mais que 5 mil, se o governo não retroceder e não revogar a PLC 29/2009 e a Lei 1093/2009 haverá reação ainda maior dos professores que exigem um plano de carreira decente.

Professores fiquem de olho, não durmam tranqüilos enquanto o governo não repensar a sua política para a educação, vá à luta.

Entre no site da APEOESP e se informe!

Fax Urgente…

http://apeoespsub.org.br/fax_urgente_2009/frame09.html

http://apeoespsub.org.br