JACINTO , História de uma Flor

JACINTO : gênero de plantas bulbosas liliáceas de que são espécies o jacinto-do-oriente e o jacinto-da-tarde . Isso em botânica.

Mas temos também o jacinto como um mineral : pedras preciosas de diversas cores . O de Portugal é cor de malmequeres;

o oriental, cor de casca de laranjas , o da Boêmia ou gabadinho, apresenta a cor vermelha viva etc... È também tido como da família da zircônia , aquela pedra que imita o brilhante . Quem não conhece se confunde . Só que a zircônia é infinitamente inferior ao diamante. Exemplo : numa escala de valores de 1 a 100 , a zircôvia é 4 e o diamante é 10 . Mas a beleza é quase idêntica.

Um dia no bosque : Jacinto quase criança era ágil , belo e doce. Mas , era inocente fonte de sofrimentos divinos . Pois por ele suspiravam profundamente Apolo e Zéfiro . Ambos espreitavam-no ansiosos por entre as ramagens . Ambos sussurravam-lhe ternos juramentos de imortal fidelidade. E a ambos o jovem voltava as costas , preocupado apenas em fruir dos prazeres do campo.

Um dia no bosque , o vento leste afastou-se . E no curto momento de sua ausência , o deus da luz abriu o coração para Jacinto . Falou-lhe do sofrido amor que há longo tempo nutria . Dos inúteis esforços para encontrar esquecimento . Da felicidade que teria se se o mortal apenas lhe concedesse a companhia.

E o formoso Jacinto enterneceu-se. Parecia tão triste o luminoso rosto de Apolo . Sob suas pálpebras, podia adivinhar uma lágrima , que não chegou a rolar. Com um sorriso, docemente, o jovem estendeu-lhe a mão. E juntos saíram os dois pela relva. Juntos corriam atrás das corças velozes, que acertavam infalivelmente com suas flechas. Juntos tocavam a lira e cantavam para uma platéia de pássaros . Juntos dançavam sob as densas frondes . Juntos exercitavam -se no arremesso do dardo . E juntos existiam tão contentes que nem conseguiram perceber o regresso do vento leste.

Mas Zéfiro viu-os juntos .Contorceu-se de furioso ciúme e decidiu vingar-se . Esperou até que tocasse a vez de Apolo a vez de arremessar o dico. Então soprou com toda a força , desviou o pesado objeto de seu rumo e , levou-o para a testa de Jacinto.

O sangue correu pelo bosque . Os risos calaram-se . Em vão, Apolo, deus da medicina , tentou reanimar o belo amado. Todos os seus divinos conhecimentos caíram por terra , inúteis como o vigoroso corpo subitamente morto. Querendo reter do jovem uma lembrança , tomou tomou nas mãos o sangue que manchava a relva e transformou-o numa flor , o JACINTO , que a partir desse instante renasceria pontualmente a cada despontar da primavera e murcharia infalivelmente no princípio do inverno.

Algumas considerações sobre o texto : ele está rigorosamente numa forma poética , pois eu contextualizei com um poema que rabisquei há 3 anos. Como gosto muito de plantas e de flores, tenho uma caixa cheia de pedaços de papéis, todos com escritos sobre flores . As mais diversas, E eu gosto de escrever em pedaços de papéis , qualquer que sejam e vou colocando numa caixa ... coloco datas e só... Tenho muitos e muitos textos , pequenos ,sobre flores e plantas de um modo geral . Esse texto eu levei 3 dias , acertando , para misturar os versos que eu já tinha , com a história .

Lembre-se , é mitologia e portanto carregado de Fantástico, de Elucubraçõs, Ilações , etc... pois ela existiu bem antes de aparecer a Ciência .

P´S_ Quando falo que são poemas , é para facilitar o entendimento entre os interlocutores , pois eu NÂO SOU POETA.... infelizmente. Não nasci com essa vocação. Com esse pendor . Perdoem-me a hipérbole . Beijos .

:::***ooo***::: callena, com exatidão...

Jan. 2010

kalena
Enviado por kalena em 11/01/2010
Código do texto: T2023472
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