AS MENINAS

AS MENINAS

Por Aderson Machado.

A propósito de mais um dia dedicado às crianças – 12/10/2009 -, me veio à mente colocar no papel as reflexões a seguir.

Um dia elas foram crianças. Quero dizer, elas foram crianças, na verdade, por um período de tempo compreendido entre a data do nascimento até começar a era dos teens, cronologicamente falando, claro.

Depois, elas cresceram, se tornaram adolescentes, e agora são adultas e donas de suas cabeças, evidentemente.

Como pai, ainda me passa um filme bem nítido na minha cabeça: As vi brincando de bonecas, de esconde-esconde, assistindo programas televisivos como os de Chaves, Xuxa, Angélica, enfim, programas de desenho animado, e outros mais.

Por várias vezes, as levava para o Circo, para os Parques de diversão, principalmente nos finais de ano, por ocasião da FESTA AO BOM JESUS DOS AFLITOS. Também, evidentemente, as conduzia para a escola, diariamente.

Mas esses tempos se foram e não voltam mais. Infelizmente. Eram tempos por demais românticos para este escriba, que tinha em volta de mim três maravilhosas crianças que faziam a minha alegria.

Agora só me resta recordar, recordar e recordar. Afinal, "se recordar é viver, vivo porque recordo". Esta frase, a bem da verdade, já está meio desgastada pelo tempo, porém ainda espelha uma pura realidade.

Assim, queira ou não, nós não podemos olvidar o passado. O passado que nos proporcionou prazer, é bom que se frise. Por outro lado, alguém já dizia que "recordar um passado tenebroso é sofrer duas vezes". Eu diria que é sofrer muitas vezes. É se autoflagelar. Portanto, passemos uma esponja nesse tipo de pretérito; não vale a pena.

Na verdade, todos temos um pouco de criança dentro de nós, até porque ser criança é um estado de espírito. Não importa a idade cronológica.

Por outro lado, há pessoas que se consideram velhas, mesmo sendo jovens, em termos de idade. Essa não é uma atitude a ser copiada.

Quanto a mim, eu já tive o meu tempo glorioso de criança. E ainda me vejo brincando de carrinho, escalando árvores, perigosamente, andando em cavalo sem sela, pescando, tomando banho em açude, me molhando na chuva - ah, como era gostoso um banho de bica!

Cometia, evidentemente, certos exageros nessas minhas brincadeiras, pelo que, vire e mexe, eu era severamente repreendido pelos meus genitores, que se preocupavam deveras com o meu bem-estar.

Vou esquecer um pouco de mim, e voltar às minhas "meninas".

Pois bem, como frisei, elas agora estão bem grandinhas! Já não são mais crianças. Pelo menos, cronologicamente falando.

Um fato, pra mim, é relevante. Quando, fisicamente, elas se separaram de mim, eram realmente crianças. A primogênita tinha apenas dez anos. Portanto, é essa a imagem que ainda guardo delas no meu subconsciente.

Assim, quando ligo pra falar com elas e uma outra pessoa atende ao telefone, uma pergunta automaticamente vem à tona: "Cadê as meninas?".

Por fim, tenho que dar nome aos bois para poder concluir estas mal traçadas linhas: Estou falando das outrora meninas florestanas, Anete, Aline e Adele!

Queridas, um feliz dia das crianças pra todas vocês!

Aderson Machado
Enviado por Aderson Machado em 10/01/2010
Código do texto: T2020878