Dominação sutil
Hoje se dá importância a tudo, menos ao ser humano em si, em termos de respeito, liberdade, consideração, valorização, dignidade. O tempo da escravização já passou... será? Enquanto houver divisão social, uma classe sobressaindo à outra, alguma coisa está errada. Se todos os homens nascem da mesma forma, fazem as mesmas necessidades físicas e ao término de seu tempo morrem, por que se observa desigualdade tão marcante em alguns lugares?
--- Vamos construir mais hospitais! - Berram políticos em épocas de campanha, considerando de suma importância. Mais hospitais? Isso significa que temos um povo cada vez mais doente para depender de hospitais. Precisamos de um povo SADIO! Não sei se compreendem onde quero chegar, se conseguem ver além do que a sociedade está disfarçando como bem social. Gasta-se milhões com ecologia; não haveria essa despesa se o povo fosse educado para respeitar o meio ambiente.
Em nome do bem social criam-se seitas, facções, ideologias, grupos políticos, religiões... e cada vez mais o povo vai se dividindo. A verdade é uma só: os senhores do poder não passam de ratos brincando de deus, querendo controlar a própria espécie, levando-a a se comportar como manada: não pensa, apenas faz o que poucos mandam. Falta muito ao homem para evoluir de verdade. Atingimos um alto grau em termos de tecnologia, mas não está sendo usada para a consolidação de uma vida igualitária, e sim para alterar DNA, almejando novas formas de dominação sutil, mascarada como desenvolvimento científico.
Quando iremos acordar, reconhecer que somos iguais, que acima de nós só deve existir Deus? Quando iremos levantar a cabeça e olhar por cima da manada? Homens controlam outros homens, baseados em conceitos criados por eles próprios. Não seguem os mandamentos de Deus... claro, o que Deus estabeleceu mantém todos iguais, então não tem graça, tem que se criar seitas e grupos religiosos para dividir a nação. Todo caminho correto leva o ser humano à dignidade, a não depender nem se rebaixar aos desejos alheios. Sob a bandeira da modernidade, mulheres são usadas abertamente pela mídia como pedaço de carne ambulante, para despertar a libido nos homens e domando-as para servirem sexualmente e sem restrição nas esquinas e festas da vida. Para saber se tem fundamento o que falo, espere passar os anos, quando as rugas e o corpo dessas mulheres não corresponderem mais aos anseios masculinos, veja se a mídia vai mantê-las na TV.
Quando damos esmola não estamos fazendo uma boa ação, estamos condicionando nosso semelhante a viver abaixo da linha de pobreza, se contentando com migalhas. Pior que essa realidade, são os pedintes se acostumarem com vida miserável e a se digladiarem entre si para conseguir os melhores “pontos” de doação... e cria-se outra sociedade dentro da já existente, um querendo dominar o outro.
No campo do tráfico nem preciso fazer comentários. É um bando de “pobres coitados” consumindo pó e gangues se matando enquanto um grupo esperto se privilegia com os frutos dessa transação, comprando carros importados, passando férias no exterior, adquirindo mansões até se tornando respeitáveis senhores da sociedade. O cigarro socialmente aceito não passa de folhas secas enroladas em um pedaço de papel e para alguns se tornou uma “necessidade básica” para aliviar a tensão... e com isso, vai entrando dinheiro no bolso de uma minoria.
Temos ratos brincando de deus em todas as áreas sociais, usando-se do dinheiro, droga, sexo, exploração e mesmo o nome de Jesus para manter a balburdia que vemos hoje e que a TV faz questão de divulgar, não para abrir nossa mente, mas para ganhar ibope, gerar “poder” sobre as outras emissoras. Basta Deus assoprar um ciclone, um maremoto, um deslizamento de terra ou qualquer outra catástrofe natural que o “poder” dos homens vai por terra e vemos um bando de Judas caindo de joelhos, chorando arrependimento, mas basta tudo voltar ao normal que o ratinho já começa a brincar de deus novamente, proliferando-se nos esgotos sociais e fazendo de tudo - até matar, para garantir mais farinha para seu saco.
Muitos sonham com a casa própria, sabendo como é difícil trabalhar e pagar aluguel. Aí, um belo dia, a situação melhora e, além de adquirir a própria casa, consegue também um terreninho, onde constrói outra casa. Adivinha a primeira coisa que ele vai fazer? Colocar a segunda casa para alugar, ao preço do mercado, pouco se importando se o inquilino vai fazer das tripas corações para manter o aluguel em dia. É uma exploração muito sutil, passa até despercebida aos nossos olhos; tanto que tem muita gente vivendo disso: do dinheiro de muitas casas de aluguéis. Mas fica uma pergunta no ar: se todos nascem iguais, por que vemos poucos com muitas casas disponíveis e muitos sem um teto para morar, se isso é o básico para construir uma família? Mascarado pela aceitação social, o homem explora o homem abertamente.
Qual o sentido de tudo isso? Que vivemos iludidos, usando tapa-burro e aceitando normas estabelecidas por nossos semelhantes e ignorando as ensinadas por Deus. Tudo pertence a Ele - dê você o nome que quiser a Deus, só não O confunda com os santos e imagens que o homem criou ao longo da História para dominar o semelhante. Ele nos deu esse mundo maravilhoso, cheio de recursos e nos privilegiou com uma mente superior aos dos outros seres vivos. Aqui estamos para Ele observar como agimos no nosso dia-a-dia, como tratamos nossa família, amigos, semelhantes, o meio ambiente, as relações comerciais e tudo que envolve a teia da vida. Ele observa se mantemos a cabeça para cima, sabendo que a Ele pertence tudo e se O respeitamos e agradecemos diariamente por usufruirmos de tantas coisas que colocou à nossa disposição, ou se baixamos a cabeça e seguimos conceitos que outros iguais a nós estabeleceram para ter “poder”, puxando para si as riquezas e o melhor que o universo pode oferecer. E assim a vida vai seguindo... até o momento que Deus achar que é hora de separar o joio do trigo. Toda sociedade que coloca qualquer coisa acima da vida humana, não segue os preceitos divinos.