JUSTIÇA SEJA FEITA

(Ao Lucio Flávio Pinto)

O Estado do Pará, apesar de ser considerado “a maior província mineral do mundo”, tem sua riqueza explorada e, afinal, bubuia num imundo poço. Sem uma política social adequada, o povo rói um osso duro de roer. O estorvo dói, é insosso, e o impuro poder da “grande imprensa” exige um salgado preço para fazer o enredo de uma prosa que restringe um bocado o desapreço do eleitorado pelo adereço pseudo democratizado.

A “grande imprensa” aposta bem no rebuliço, manda e desmanda na cabeça de quem não pensa e, além disso, estipula regras, publica aquilo que gera rendimentos, adula, incentiva refregas e critica sem estilo, com intentos de obter capital exigido de um poder oficial combalido com a prensa. Depois de obter e aplicar sua meta, a “grande imprensa” tem o prazer de ficar quieta.

As pequenas opções alternativas também abusam de plenas ações vingativas e/ou interesseiras. Exceto uma que não usa publicações rasteiras e tem o dialeto das contestações verdadeiras. O JORNAL PESSOAL, do jornalista Lucio Flávio Pinto, é uma edição educativa. De tiragem limitada e quinzenal, o referido informativo tem imagem considerada imparcial numa peleja, além de ter a admiração dos leitores, pois não recebe nada de ninguém, ou seja: não tem (por opção) patrocinadores.

O preço pela audácia do aguerrido jornalista Lucio Flavio Pinto, em combater o desapreço e a falácia de quem tem se corrompido na pista da politicagem regional, é elevado demais. Os “cobradores” o querem à margem do “oficial reinado”, onde marginais encrenqueiros, disfarçados de artistas, não passam de boçais embusteiros, e despreparados juristas tratam os tais como verdadeiros e respeitados “monarquistas”.

A “monarquia” paraense existe! Ela tem uma fantasia circense tão triste, quase incapaz de ser desmascarada, porque se esconde atrás da descarada “força da grana”. Pobre coitada da cabeça que ouça a insana notícia divulgada de modo sutil e interesseiro, pela malícia recrutada pelo vil poder do dinheiro. As exposições de ideias contrárias causam reações na alcateias sanguinárias, cujas delimitações de territórios existem há uma boa temporada. Jornais inquisitórios resistem à pessoa indignada com tal absurdo que, ao usar a arte para dizer: “Minha vida está sendo injustiçada!”, vê parte do poder judicial se fazer de surdo.

O Pará hoje continua o mesmo de ontem: uma província explorada por aventureiros. Uma milícia endinheirada publica atos boateiros e quem pode fazer tudo não faz nada: só pratica peculatos, reivindica dinheiros (salvo reconhecidas exceções) com o conchavo de corrompidas publicações. É recomendável ao povo do Pará, para combater o condenável estorvo que há no Estado, deixar de acreditar em tudo o que vem publicado na “grande imprensa”, e sim valorizar quem não tem omitido um fato real, escreve o que pensa, embora seja difamado, injustiçado, perseguido e agredido no recinto castrador estadual, como tem sido Lucio Flávio Pinto, editor do JORNAL PESSOAL, uma publicação (justiça seja feita) que só quem não tem cobiça respeita.

Paulo Marcelo Braga

(Belém, 13/10/2009)