FALANDO DE AMOR

Amor (ô). S. m. (1) Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa. (2) Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração. (…) (Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).

Não é recorrendo ao dicionário que se pode chegar à melhor definição para o Amor. Pelo menos da forma como ele está presente no dia-a-dia das pessoas. O amor é a nossa maior essência; se estamos sofrendo é por que não estamos trilhando o caminho do “AMOR”. Então entra essa sensação desagradável, esse sentimento mudo e surdo da “DOR” para corrigir nossa rota.

O amor é um sentimento por excelência. Em sua origem, o ser humano, quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor desse mundo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações do ser humano.

A lei do amor substitui a personalidade, extinguem as misérias sociais, as injustiças. O amor é de essência divina e todos nós possuímos em nosso interior a centelha desse fogo sagrado. Os efeitos da lei do amor são os melhoramentos moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática do verdadeiro amor.

O amor fica ofuscado em se tratando da convivência neste mundo materialista. Em nossa caminhada, muitas vezes as pessoas que amamos nos magoam, nos deixam com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com o coração machucado. Vamos recuperando-nos muito lentamente dessa ferida tão dolorosa. Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.

Na maioria das vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz sentir-nos sozinhos. Então descobrimos que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam nossa confiança, nos traíram sem qualquer piedade, por conveniência ou por oportunismo. Você descobre que algumas pessoas nunca te disseram “eu te amo”, talvez por medo, por receio do sofrimento.

Os anos nos ensinam a conhecer melhor as pessoas; sua lealdade, sua sinceridade, sua maldade, seus interesses, frieza, insensibilidades e percebemos que muitas vezes não há como distinguir os bons dos maus, pois a vida é que os torna melhores ou piores, pelas tristezas, pelas desilusões, infidelidades e experiências vividas.

Este momento representa nossa maior oportunidade de crescimento interior quando conhecemos a dor do sofrimento, quando observamos nossos sonhos e planos sendo destruídos. Não podemos negar que este é também o pior momento de uma vida e que necessitamos de estrutura para poder colocar estes sentimentos no lugar, controlar nossa ansiedade, nossos desejos e saudades. Sabemos que a tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. É o momento de escolher entre o coração e a razão, e devemos aceitar a razão e entender que ela sempre deverá prevalecer.

Infelizmente, a felicidade parece ser sempre algo impossível de se obter neste mundo diante de uma sociedade de princípios duvidosos, consumista e materialista. Assim, assistimos diariamente o final de muitos relacionamentos, o fim de muitas famílias e o destino incerto de muitos filhos adolescentes. O homem necessita conhecer o amor. Não esse amor que deturpa nosso conceito e impede-nos de alcançar a felicidade.

A felicidade que a humanidade, confusamente procura, não está na “cara metade” ou no “par perfeito”, mitos de meras influências das velhas estórias. A felicidade não está em nenhum lugar específica, nem relacionada a nenhum ato especial.

A felicidade é uma conquista que buscamos todos os dias, em todos os momentos, num gesto simples, na superação, na adequação, no poder de revelar divergências e renunciar crises e pecados capitais em nome desse nobre sentimento que é o “Amor”.

(((((Plínio)))))

Redação em 12/07/2009 as 08h45min: 00