A TV que se vê!

Muitos falam, escrevem e comentam sobre a televisão brasileira indo ao fundo da questão citando nomes expoentes da história da mesma, em assunto de vários pontos a ponderar. Um deles são os pontos positivos, como cultura, educação, entretenimento, e mais, mania nacional, pós radio, coqueluche dos anos 50.

Informação segundo a necessidade de cada um e por outro lado a massificação de massas como uma espécie de lavagem cerebral.

A sociedade não bem esclarecida, talvez salvaguardando mais interesse do meio veiculado, do que da própria sociedade.

Por outro lado a diminuição da riqueza do relacionamento amistoso das famílias que, em grande maioria, atenta à telinha deixam de fazê-lo.

Conversar e dialogar sobre o dia a dia da educação dos filhos: como vão na escola? Quem são os seus professores? Qual período escolar estão cursando? Quem são seus amigos? Como estão as notas? Por não falar também do diálogo da família sobre planejamento de metas simples do dia como o orçamento doméstico, planejamento de investimento para o futuro, uma viagem de férias, formação de uma poupança e, principalmente, sobre o alimento espiritual.

Com relação à educação dos filhos muitos de nós só se dão conta quando o barco começa a virar.

Pondera-se também que muitas famílias estão anestesiadas pela telinha que, ao chegar visita, só cumprimentam e deixam a mesma de boca aberta, restando ater-se também a TV, sem outra saída ou alternativa. A preferência ficando para novela, filme ou o programa de interesse do momento. Ficando prejudicados o calor fraterno da visita ou o assunto amistoso da mesma. Justificarmos não adianta, pois estamos quase todos infringindo estes princípios por demais respeitados que foram pelos nossos antepassados, a não ser que chegue a Vera Fisher, ou o Gianechini para o jantar.

Nos pontos negativos, como disse anteriormente, na massificação de massas tem a influência sobre as crianças e adolescentes, referindo-se ao lado negativo da Educação, com incitação à iniciação precoce da sexualidade na exposição de cenas fortes em novelas, filmes e muitos programas em horários nobres que os pais ou governantas não se atentam que é prejudicial às crianças em formação. Assunto já discutido por segmentos da sociedade, mas sem muito a fazer deixando pais atônitos e sem saída, pois muitas vezes fugindo do controle, a mídia televisiva ditando as regras numa era digitalizada e eletrônica, ou seja, a televisão é que está ditando as regras na educação dos filhos. Não esquecer também da importância do rádio no nosso desenvolvimento.

E, por falar em diálogo, tenho que ponderar outro ponto positivo da telinha, no caso de um amigo relatar: recém casado que não teve outra saída a não ser a aquisição de um televisor para tentar minorar o relacionamento, pois o diálogo desse personagem estava difícil, tedioso e ríspido. A solução foi minorada com esta aquisição que, ao invés de se discordar, ao dialogar voltavam a atenção para a programação e contou ainda que mesmo assim tiveram muitos filhos, concluindo nos pontos a ponderar, “a TV que vê” acrescenta-se esta finalidade.

José Pedroso

Foi publicado há anos.

Josepedroso
Enviado por Josepedroso em 22/05/2009
Reeditado em 22/09/2009
Código do texto: T1609529
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