Análise Crítica da Imagem "O vício do Tio Sam"

O poder norte – americano

Ascensão dos Estados Unidos

Os Estados Unidos da América são a maior potência econômica e militar do mundo, pois aproveitaram – se das fraquezas das nações européias, através de uma política externa desenvolvida durante o século XX.

E essa imagem de superpotência foi obtida através do poder de propaganda que os norte – americanos exploraram para mudar o seu país, tirando – o do seu total isolamento do começo do século XX para a completa dominação do mundo, no final daquele século.

O governo americano soube utilizar todos os meios de comunicação existentes para fazer com que todos acreditassem que eram os mais fortes, os defensores dos fracos e os protetores da liberdade, ou seja, os melhores do mundo. E essa força de persuasão deve – se a uma finalidade: proteger os interesses econômicos americanos.

Petróleo

De acordo com o histórico e participação dos Estados Unidos em guerras, destaca – se o principal interesse do país: o petróleo. Os conflitos vinculados são: Guerra do Yom Kippur (1973), Guerra do Irã x Iraque (1980-1988) e Guerra do Golfo (1991). Incitando a ambição petrolífera, o próprio presidente Jimmy Carter, em 1980, afirmou: “... qualquer intenção de potências hostis para a interrupção da circulação de petróleo do Golfo Pérsico seria considerada como um ataque aos interesses vitais dos EUA, que poderia ser reprimido por qualquer meio necessário, incluindo a força militar.”

O petróleo, além de ser uma fonte de energia não - renovável, é um recurso natural estratégico e fundamental para os norte – americanos, pois existe uma grande dependência dessa fonte para a produtividade americana.

Se os países que compõem a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) – Angola, Argélia, Líbia, Nigéria, Venezuela, Equador, Indonésia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar – amanhã deixassem de exportar o seu petróleo para os EUA, estes simplesmente entrariam em colapso, tendo todo o seu sistema produtivo interrompido. E, justamente por isso, os Estados Unidos necessitam fazer uma política intervencionista nos países produtores, baseada exclusivamente na propaganda, suficientemente fortes para “dominar” o mundo, subjugando as demais nações que agirem contra as vontades norte – americanas.

Visibilidade norte – americana

Os Estados Unidos possuem a 11ª maior reserva de petróleo mundial, porém não se contenta com esse “pouco”, e conseqüentemente é dependente do petróleo árabe, mas não exclusivamente por necessidade de consumo, mas também pela veneração do produto.

A condição de culto pelo petróleo é uma das características da valorização do visível, e através desta, os Estados Unidos estão em busca constante da singularidade, e este processo é interligado às chances que eles têm de se tornar visíveis, neste caso, economicamente. A imutabilidade norte – americana é decorrente do medo da invisibilidade que traz a sensação de inexistência e perda do posto de potência mundial, posição que foi conquistada ao longo do último século.

“Não é o pensamento que garante a singularidade do SER. O que garante o SER, para um sujeito, é sua visibilidade para outro sujeito.”

- Hannah Arendt

Considerações

• Os Estados Unidos são um país cheio de contradições, mas demonstram um grande poder da propaganda.

• Colaborando com esta política externa eficiente, destaca – se o poder da mídia americana em projetar o seu país para o mundo de tal forma que, atualmente, mesmo vivendo uma crise econômica tremenda, consegue se manter no comando da economia mundial.

• O petróleo, desde sua descoberta como combustível de energia é considerado o “ouro preto” e isso ocasionou uma obsessão mundial, principalmente norte – americana.

• Na Primeira Grande Guerra, aproveitando – se da destruição ocasionada na Europa, os americanos, aos poucos passaram a ganhar o seu lugar na política mundial. Com o final da Segunda Grande Guerra, os Estados Unidos consolidaram seu poder mundial, em virtude de terem conseguido submeter economicamente as outras nações mundiais.