O assalto (4a. parte)
Cobri o meu corpo com capim seco, que graças a Deus, tinha o suficiente para me camuflar, porque eu vestia blusa branca e tinha
medo que chamasse a atenção dos marginais. Em minhas orações eu pedia a Deus para que ninguém perdesse o corpo físico, nem mesmo
os assaltantes. Vibrei para que o grupo conseguisse escapar e pedir
socorro. De repente, ouvi um barulho de uma moto se aproxi-
mando, e quando ela passou por mim, ouvi um dos rapazes falar em um tom bem alto:
- Eles correram lá pra baixo!
Nem me mexi...Foi assim que eu confirmei pela segunda vez que eles realmente estavam a fim de nos pegar novamente.
Depois que eles passaram, silêncio na mata... Passados alguns
minutos, ouvi um barulho de carro se aproximando, com um motor que parecia o de uma Brasília.
Passou devagar e se distanciou...
Bem mais tarde, levantei um pouco a cabeça para sondar o local... Foi então, que eu avistei uma luz vermelha de lanterna procurando...?!
Não sabia se era luz amiga ou dos assaltantes.
Aquele silêncio era terrível...a pessoa resolveu ir embora . Depois, ouvi
um berro bem distante...Como não ouvia barulho de tiro, ficava mais tranquila com o destino do grupo.
Pensava: o que será que está acontecendo lá, meu Deus!. E o jovem, será que conseguiu fugir?
Passei a noite de sábado dentro daquele buraco, rodeada de bichinhos.. As formiguinhas, incomodadas, começaram a me picar.
Como em nossas vigílias ufológicas nós sempre nos harmonizávamos com tudo, até com os bichos, fiquei tranquila nesse aspecto.
Prefiria os bichinhos, do que cair nas mãos daquela quadrilha.
********
(continua amanhã)