DESTAQUES ECONÔMICOS - FEVEREIRO DE 2009
DESTAQUES ECONÔMICOS - FEVEREIRO DE 2009
Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo
As commodities agrícolas estão com leve alta nos preços do milho, café, soja e trigo, com a retomada de exportações para abastecimento dos estoques internacionais, mas o clima de estiagem nas regiões Sul e no Estado do Mato Grosso do Sul, prejudicou parte da safra, com projeções de produção 134,6 milhões de toneladas de grãos previstos para este ano.
O Grupo Bunge, pretende ser uma das 3 maiores processadoras de cana-de-açúcar e álcool para a próxima década, a empresa está anunciando também uma série de investimentos para conquistar e ampliar a sua fatia no mercado interno brasileiro de alimentos.
Segundo o Ministro da Agricultura Reinhold Stephanes anunciou aumento da área cultivada no país de 0,9%, que garantirá o abastecimento interno de gêneros alimentícios, como o aumento da produção de arroz, feijão, trigo e milho.
O mercado de juros a longo prazo, com vencimento em janeiro de 2010, apontam taxas de 10,99%, isto mostra claramente a pressão que será feito para a diminuição da taxa SELIC, que hoje está em 12,75%, com projeções de queda nas próximas reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária).
Papéis da Vale e Petrobrás terá retorno progressivo de valores, bem como no decorrer do ano. Haverá uma recuperação no preço de ações com resgate a longo prazo, 2010 e 2011, no curto prazo as ações do setor elétrico estão com alta procura. As oscilações na bolsa brasileira diminuíram, mas os impactos econômicos nos EUA são incertos, o que pode provocar alguns descompassos em 2009.
A Renda Fixa, a Poupança e os Papéis Públicos são interessantes para investimentos no momento. Procure carteira mista de investimentos.
O dólar vai variar, conforme as oscilações da bolsa no mundo, alta nas bolsas da Europa, queda do dólar e vice-versa, não é uma boa opção de investimentos.
O ouro tornou-se interessante, mas a burocracia e as altas taxas cobradas dificultam o acesso a este tipo de investimento.
Os preços no atacado com queda de 0,33% em janeiro e 0,82% em dezembro, já o varejo com leve alta provocado pela variável educação com aumento de 0,83% em janeiro de 2009.
As taxas de juros em queda trazem mais alívio monetário nos próximos meses. O setor público detém 40% da oferta de crédito no Brasil, por isso, a administração responsável por parte do governo, principalmente na questão de conservação do emprego e diminuição dos juros cobrados no sistema, como o spread bancário, podem impulsionar a economia a partir dos próximos meses.
O volume de desemprego em janeiro e fevereiro está muito alto e assustará os melhores otimistas, mas o retorno as contratações acontecem a partir do próximo mês.
Algumas empresas estão estudando estratégias de gestão financeira terceirizada, das quais, os bancos privados são os maiores interessados, por ser mais uma oportunidade de receitas operacionais. Haverá grande procura por profissionais competentes na área de finanças por todo o Brasil.
O IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – acumulado dos últimos 12 meses é de 5,84% índice utilizado como medidor oficial de inflação do país pelo Banco Central do Brasil.
Com o aumento do salário-mínimo em fevereiro de 2009, uma onda de negociações sindicais acontecem no mercado, haverá recuperação de inflação sem ganhos reais. A prioridade é a manutenção de empregos. Estão ocorrendo acordos de diminuição de salários e jornada trabalhada, temporária, alguns meses em vários setores industriais.
O setor têxtil está recuperando parte do mercado perdido nos anos anteriores e gerando milhares de emprego, o setor de telemarketing em virtude da nova legislação de atendimento é outro setor que empregará 78 mil pessoas por todo o país; o setor de construção civil é outro seguimento que trará empregos com as medidas anunciadas pelo governo federal. Estes são alguns dos destaques para fevereiro.