AS PREFEITURAS E A CRISE MUNDIAL
Com a crise financeira mundial as prefeituras terão que buscar novas formas de administração municipal.
Dentre a principal medida dos novos prefeitos ou mesmo os reeleitos é verificar como foi o fluxo de recursos municipais, desde tributos como: ICMS, ISS, IPTU e repasses FPM (Fundo de Participação dos Municípios), dentre outros. Verificar a dotação orçamentária aprovada e prever todos os gastos, com os respectivos reajustes até o final de 2009.
Aconselhável que as prefeituras contratem administradores competentes para gestão dos recursos públicos, para avaliarem principalmente a possibilidade de otimização de recursos e minimização de despesas, além de adequação de controles diários desde a diminuição e uso racional de água, energia elétrica, telefone, até a utilização necessária de alguns equipamentos e suas manutenções preventivas e corretivas.
Como medida de segurança, fazer uma reserva mínima de 8% a menos do que foi projetado para 2008, para evitar contratempos.
Renegociar alguns contratos pode ser uma boa medida de economia. Conscientizar o funcionário público ao uso racional de tudo que estiver disponível para seu uso surte também efeitos em prefeituras de médio e grande porte.
Verificar as dívidas da Prefeitura e a que estão atreladas, em real, dólar ou algum índice de correção, em caso de elevação da inflação ou do valor da moeda, poderão provocar desequilíbrio financeiro municipal.
Outro ponto delicado nas prefeituras é a falta de profissionais que saibam montar e administrar projetos. Muitas prefeituras perdem verbas e projetos por falta de um profissional para gerir projetos.
Estabelecer critérios de prioridades, nada mais é que fazer um plano de ação, dentre inúmeras estabelecidas no governo municipal.
As demandas municipais geralmente são enormes e faltam recursos, mas com o Plano Diretor definido, serve como auxílio básico para intervenção.
Políticas fiscais são bem vindas em momentos de crise, desde aumento da fiscalização, como negociações de regulamentações pendentes, este é um momento de trabalho em equipe, em que os interesses coletivos devem sobrepor aos interesses individuais de alguns políticos ou partidos.
O excessivo gasto público é outro fator que preocupa em momentos de queda de arrecadação, a nomeação de cargos comissionados deve seguir critérios mais técnicos do que políticos, para melhoria geral da administração municipal.
Geralmente no primeiro ano de mandato de um prefeito novo é o ano que mais sobra dinheiro, com raras exceções, porém, aos reeleitos, lembrar que toda administração municipal tem gordura que podem ser queimadas, basta contratar um bom técnico na área.
Pouco se faz para atrair o pequeno empreendedor municipal, o empreendedorismo é muito importante para o desenvolvimento de qualquer município no Brasil, bem como a economia solidária que tem tirado da miséria um grande volume de pessoas.
Falta nas prefeituras centros de comunicação eficientes e que saibam principalmente atrair o investidor, com algumas exceções.
Eliminação da burocratização, o famoso O&M, Organização e Métodos aprendidos no passado pelas empresas que agora são mais estruturadas com a ISO e outros processos de Qualidade Total.
Aplicar em treinamento é investimento e economia para os cofres públicos, compete às administrações municipais atentarem a este quesito.
Controlar os Recursos Humanos, com diminuição de horas-extras, descrição adequada de funções, bem como aplicar avaliação de desempenho e retorno do munícipe da prestação serviços efetuada. Todas estas dicas, utilizadas de forma adequada auxiliam a administração municipal e diminuem o efeito da crise sobre o Município.