Poligamia: cidadania

Não restam dúvidas: o homem É uma espécie poligâmica! E quanto mais liberal a sociedade se torna mais evidente isso fica. Adolescentes que saem na "night" pra "pegar geral", esse papo todo de liberação sexual, pílulas, preservativos, carnaval... Pensam que é o quê? Uma luta por uma sociedade melhor que respeite os direitos de todos e os ideiais da revolução francesa? Ah! Deve ser... Isso nada mais é do que o homem admitindo sua própria natureza poligâmica, rendendo-se aos instintos hormonais - os quais respeitam a um ciclo nas fêmeas e não tem ciclo nenhum nos machos (ao menos enquanto durar a idade reprodutiva...). Portanto, você, rapaz, que hoje não conseguiu, com seu admirável poder sedutor, conquistar a bela donzela, não se culpe, a moça deve estar naqueles dias de queda de progesterona... Faça o seguinte, então: chame-a pra sair daqui a 14 dias. Se você for mesmo um macho respeitável a fêmea não recusará! Caso contrário, amigo, contente-se com o fato de que você será um dos eliminados pela seleção natural e infelizmente seus genes não se propagarão pelas gerações seguintes...

Seguindo a linha oposta, quanto mais tradicionalista uma sociedade for mais ela própria nega sua natureza. A civilização institui regras e tabus que ordenam e alienam... Mas ainda bem que é assim! Imaginem: caso contrário viveríamos todos como um bando de macacos! Nada contra os macacos, acho-os inclusive seres graciosos, sagazes e admiráveis, mas é que a civilização também tem lá as suas vantagens... Graças a ela, amável rapaz, você não precisa se preocupar tanto assim com esse papo de seleção natural: hoje já existem tecnologias que superam, dentro de certos limites, é claro - afinal teoria do grande Darwin é imbatíbel - as barreiras impostas pela seletividade. Inseminação, o remedinho azul, plásticas, dissimulação... Você pode até escolher! Mas não se esqueça dos quatorze dias, ok?

Kadabra
Enviado por Kadabra em 13/01/2009
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