RECANTO “ AMIGOS DO GOLFINHO”

“ A ave constrói o ninho; a aranha, a teia; o homem, a amizade.

(William Blake)

Usualmente afáveis e brincalhões, os golfinhos, os chamados “humanos do mar” , parecem gostar de companhia humana.

Confirmando eesse forte relacionamento , recentemente os jornais publicaram uma notícia sobre uma mulher de Londres que se “casou” com um deles em uma incomum cerimônia realizada no balneário de Eliat, em Israel. A londrina Sharon Tendler decidiu eternizar seu amor pelo golfinho Cindy depois de um longo romance. Foi a maneira , segundo ela, encontrada para expressar seu amor por tão simpática criatura.

O sentimento de parentesco entre humanos e golfinhos vem desde milhares de anos. Os cidadãos da Grécia Antiga adoravam os golfinhos como deuses, e mantinham um santuário do que eles consideravam ser o Deus Golfinho.

Foi com essa imagem em mente que um grupo de amigos escolheu um cantinho do Clube de Regatas, dentre os muitos cantinhos agradáveis que lá existem , e denominou o pequeno espaço, ao lado do chamado tanque, de Recanto dos Amigos do Golfinho.

Ali , acompanhado de um chope bem gelado, beliscos variados, e papo jogado fora, tudo faz vir à mente o poeta Alberto Caeiro, o Tejo (Pardo) e sua aldeia ( o Regatas): “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia. Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia”.

Calil ( o idealizador do recanto) e Elizete, Valtinho e Cidinha, Suzuki e Katia, Gilmar e Suzie, João Pandossio e Rosana , Velludo, João Pizeta, Wilton, Geraldo, Tórtoro e Lúcia, e outros mais, com o aval do presidente Da Col — cabeça arejada e sabedor do quanto é importante para o Clube as pessoas sentirem-se em casa estando ali, entre amigos — passaram, nos finais de semana, a estender um banner com um simpático golfinho azul , qual uma bandeira de paz, amizade e boa vontade entre os homens, sempre acolhendo aqueles que se aproximam para somar e conviver fraternalmente.

Saint-Exupéry já dizia que “ só respiramos verdadeiramente quando nos encontramos ligados aos outros por um fio comum que se situa fora de nós “ : e nós, do Recanto Amigos do Golfinho, podemos dizer que o fio fora de nós, que torna cada final de semana um momento especial, é que acreditamos no poder revigorante do encontro e da confraternização .

ANTÔNIO CARLOS TÓRTORO

PRESIDENTE DA ACADEMIA RIBEIRÃOPRETANA DE EDUCAÇÃO

Tórtoro
Enviado por Tórtoro em 06/04/2006
Código do texto: T134990