O Espírito do Natal
Não era uma sexta-feira como as outras. Era o dia (mais) triste do ano. Segundo os adultos, aquele era um dia muito triste. Eu já sabia que o meu prato predileto não estaria na mesa: não poderíamos comer carne naquele dia.
O peixe era obrigatório.
Eu, meus irmãos e meus primos seríamos aprisionados. E, acuados pelas ameaças da palmatória, ficaríamos sentados a tarde toda na escada, no fim do corredor. Mas pouco adiantaria o castigo, não havia jeito de nos manter quietos.
A ordem, entretanto, era silêncio absoluto.
Não podiamos fazer barulho no quintal. Correr dentro de casa? Nem pensar. Entre os risos e as inquietudes de criança, ouvíamos alguém explicar a razão daquilo tudo: Um homem havia morrido por nossa causa, foi pregado numa cruz por causa dos nossos pecados. Por isso, tinhamos que guardar silêncio.
Nenhuma tarefa podia ser realizada.
Era um dia de penitência em respeito aquele homem. A sala estava vazia. As pessoas, quietas, moviam-se em silêncio e sussurravam orações, como em um velório.
Um velório sem corpo.
O corpo de pedra que passava pela rua, carregado pela multidão. Um corpo ensanguentado, conduzido num esquife de vidro, por homens contritos. O choro copioso das beatas vestidas de preto e cabeças cobertas por um negro véu misturava-se ao burburinho da reza contínua, enquanto o cortejo atravessava a cidade. Por dois ou três dias, toda a cidade convergia para a igreja matriz. Queriam ver o homem de pedra, mostrar a sua compaixão. Pareciam sentir muita pena dele.
As imagens de santos eram cobertas com um pano roxo.
O mesmo homem de pedra estava pregado numa cruz.
Tinha uma expressão carregada de sofrimento. Quem era aquele homem que havia morrido em meu lugar?
É o filho de Deus, diziam. Ele ressussitou no terceiro dia, venceu a morte, subiu aos céus e está sentado à direita do Pai.
Então, por quê ainda choravam por ele?
Sem uma resposta convincente, éramos levados, muitas vezes, a adorar a mulher que o trouxe ao mundo. Éramos conduzidos por longas filas para beijar a fita vermelha que adornava o retrato virgem. Ela teve que suportar tamanho sofrimento: ver seu filho ser açoitado, humilhado e pregado numa cruz. Por isso, era capaz de intervir junto a ele por nós. "Maria, mãe de Deus, rogai por nós", oravam.
Mas a mãe de Jesus também era de pedra.
Jesus. Esse era o nome do homem de pedra, o filho de Deus.
Mas quem era Deus?
Foi Deus que fez o mundo. Um dia o mundo vai acabar. Deus vai destruir o mundo, e quem for bom será salvo da ira de Deus.
Daí, o castigo era uma ameaça constante.
Chuvas fortes, tempestuosas, trovoadas, relâmpagos eram, muitas vezes, interpretadas como um sinal de que Deus não estava satisfeito com os homens.
Em outras palavras, um aviso: Vou destruir o mundo!
Havia um cuidado permanente: não ofender a Deus. Diziam: temos que amar a Deus, mas todos tinham medo de Deus. Quando trovejava, relampejava, anunciando tempestade, eramos tomados de medo. O relâmpago e o trovão eram dois compadres que eram brigados entre si e Deus os havia castigado, e andavam pelos céus em uma perseguição mútua e sem fim.
Quando a tempestade era muito forte, alguém corria, pegava um ramo de palmeira seco e jogava no fogo e pediam a Santa Luzia para aplacar a ira de Deus. Parece que só alguém mais próximo poderia intervir por nós, junto a Ele. O ramo crepitava no fogo e me trazia à lembrança o alvoroço que acontecia na cidade por causa daquele ramo.
Um dia alegre. Quase sempre o sol brilhava. A cidade se envolvia num clima de festa. As pessoas enfeitavam a frente das suas casas com plantas e cortavam ramos de palmeiras e se enfileiravam ao longo da rua principal, onde passaria o cortejo.
Novamente, o homem de pedra passaria carregado por homens compenetrados em sua honrosa tarefa. Seus olhares tinham um senão de orgulho pelo privilégio de carregar o andor. O homem de pedra, desta vez, vinha de pé, num andor todo ornado em flores, trajava vesta brancas e trazia nas mãos as marcas das feridas, sinal de sua vitória sobre a morte.
Porém, sua expressão de triunfo era tolhido pela frieza da pedra.
Muitos outros, que seguiram a Jesus, num passado distante, foram julgados dignos de intervir por nós, cada qual na sua especialidade, na causa que eles haviam abraçado, mas eles também eram de pedra.
Eu não entendia porque muitos deles carregam no colo um menino.
Um menino de pedra que havia nascido para salvar o mundo. Mais uma vez, meus irmãos, meus primos e eu éramos forçados a dormir durante toda a tarde para estarmos descansados quando chegasse a noite para comemorarmos o nascimento do tal menino.
Pessoas comovidas cantavam: Nasceu o Salvador!
Ouviámos de um tal de Noel que trazia presentes para as crianças na noite de natal.
Embora a festa fosse para o Menino de Pedra, o figura do bom velinho parecia ser mais importante, afinal, era nessa época que o papai Noel lembrava daqueles que tinham sido bonzinhos o ano todo e, principalmente, passado de ano.
Cresci vendo pessoas dedicarem sua devoção a homens e mulheres de pedra. Passavam horas de joelho diante de imagens que não compartilhavam, que não se compadeciam, do sofrimento de seus devotos, e pediam, em vão, que intercedessem por eles perante a Deus.
Não se ajoelhavam antes acender velas para iluminar o caminho do seu protetor. Velas que também eram acesas para iluminar o caminho das almas para que elas não ficassem perdidas.
Até que um dia alguém colocou uma folha de papel na minha frente com uma pergunta:
Onde está Deus?
O Deus que eu conhecia era o Deus de pedra, Deus menino, Deus crucificado, alguns diziam que ele havia ressussitado e subido aos céus.
Mas onde era o céu?
Eu costumava ficar deitado no sofá na sala da minha casa e à minha frente um quadro enorme do homem de pedra com ar vitorioso segurando o mundo nas mãos. Mas como muitas pessoas, eu duvidava da existência de Deus.
Eram os deuses astronaustas? indagava o escritor, discursando a sua teoria de que seres superiores e evoluidos já havam habitado a terra em outras épocas.
O meu gosto pela leitura aguçou minha sede de conhecimento e eu gostava muito de viajar através dos livros. Não havia sentido nas palavras do livro de orações. Palavras sem sentido que eram repetidas como remédio para espantar a dor de cabeça:
Davam somente um ligeiro alívio ao medo ou ao desespero de um momento difícil.
Os livros sempre foram para mim a porta do conhecimento. Eu não consigo ver um livro sem resistir a curiosidade de abrí-lo, folheá-lo e explorar o seu conteudo. Foi assim que ao entrar numa capela católica, vi que nos bancos havia livros. Mas não eram como os livros de reza que eu conhecia.
As palavras que daquele livro eram cheias de vida. Não resisti ao desejo de seguir o homem que era personagem central da Historia e fiquei impressionado com os seus ensinamentos. Não tardei em entender que aquele era o "Homem e o Menino de Pedra" que fui ensinado a adorar quando criança. Ele me disse, naqueles linhas, que eu deveria adorá-lo em espiríto e em verdade.
Ele me mostrou a verdadeira história do seu nascimento, a razão pela qual ele veio, e como ele veio ao mundo. E, ainda, que a morte era o único imnimigo que só ele poderia vencer.
Ele é a Palavra. A Palavra de Deus, que se fez carne e habitou entre nós. Seu ministério está cumprido. Tudo o que nós temos que fazer é aplicar os ensinamentos que ele nos deixou. Sabendo porém que ele ainda permanece conosco através do Espirito Santo, que ele prometeu que nos mandaria.
O Espírito do Santo é o verdadeiro Espiríto do Natal.
O novo nascimento, que precisa acontecer em cada ser humano em algum momento da sua vida.
Tão logo o homem alcance entendimento, deve nascer de novo. E receber o Espirito do Natal. Para isso, é preciso conhecer a verdade, porque só a verdade liberta.
Eu li em algum lugar que quem não conhece a verdade acaba por acreditar em fábulas, à mercê dos enganos.
Aquele homem me mostrou a verdade me fez enxergar de forma mais clara a inverdades sobre as historinhas que me contavam quando criança. E que se não fosse o homem que disse: Eu Sou a Verdade, como muitos, eu ainda continuaria acreditando.
Digo isto com uma certa vergonha. Sim, uma grande vergonha do ser humano. Lamento perceber que muitas pessoas no mundo gostam de ser enganadas. Anos e anos de estudo. Pessoas altamente capacitas, intelectualizadas que inacreditalvelmente fecham os olhos para a verdade.
Fato constatado numa simples pesquisa na internet sobre a lenda do Papai Noel.
Muitos adultos ainda depositam as suas esperanças no bom velhinho, que na sua verdadeira identidade, dedicou a sua vida a fazer o bem. Desconhecem que ele, conhecedor da Verdade que liberta, morreu sem jamais imaginar as lendas absurdas criadas em torno da sua bondade.
Porém, desde que eu conheci a verdade: o verdadeiro Espirito do Natal, nunca mais alguém me disse quando ficar alegre ou quando ficar triste, o que comer e o que não comer. O verdadeiro Espirito do Natal é o Espirito da Liberdade – Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça a Palavra de Deus:
- Este é meu filho amado, a ele ouvi!
Imbuídos do verdadeiro Espírito do Natal, filhos e filhas enxergarão nos pais e mães verdadeiros heróis: possuidores de espirito protetor, provedor, companheiro e experimentarão uma felicidade que dura o ano inteiro e não só na época do natal. Não haverá mais nos seus calendários o dia mais triste do ano.
Conhecerão, enfim, o verdadeiro Espírito do Natal e passarão o ano o inteiro sendo aprovados por Deus. Ao invés de passar o ano inteiro sendo "avaliados" pelo Espírito de Engano travestido de bom velhinho.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.
Não era uma sexta-feira como as outras. Era o dia (mais) triste do ano. Segundo os adultos, aquele era um dia muito triste. Eu já sabia que o meu prato predileto não estaria na mesa: não poderíamos comer carne naquele dia.
O peixe era obrigatório.
Eu, meus irmãos e meus primos seríamos aprisionados. E, acuados pelas ameaças da palmatória, ficaríamos sentados a tarde toda na escada, no fim do corredor. Mas pouco adiantaria o castigo, não havia jeito de nos manter quietos.
A ordem, entretanto, era silêncio absoluto.
Não podiamos fazer barulho no quintal. Correr dentro de casa? Nem pensar. Entre os risos e as inquietudes de criança, ouvíamos alguém explicar a razão daquilo tudo: Um homem havia morrido por nossa causa, foi pregado numa cruz por causa dos nossos pecados. Por isso, tinhamos que guardar silêncio.
Nenhuma tarefa podia ser realizada.
Era um dia de penitência em respeito aquele homem. A sala estava vazia. As pessoas, quietas, moviam-se em silêncio e sussurravam orações, como em um velório.
Um velório sem corpo.
O corpo de pedra que passava pela rua, carregado pela multidão. Um corpo ensanguentado, conduzido num esquife de vidro, por homens contritos. O choro copioso das beatas vestidas de preto e cabeças cobertas por um negro véu misturava-se ao burburinho da reza contínua, enquanto o cortejo atravessava a cidade. Por dois ou três dias, toda a cidade convergia para a igreja matriz. Queriam ver o homem de pedra, mostrar a sua compaixão. Pareciam sentir muita pena dele.
As imagens de santos eram cobertas com um pano roxo.
O mesmo homem de pedra estava pregado numa cruz.
Tinha uma expressão carregada de sofrimento. Quem era aquele homem que havia morrido em meu lugar?
É o filho de Deus, diziam. Ele ressussitou no terceiro dia, venceu a morte, subiu aos céus e está sentado à direita do Pai.
Então, por quê ainda choravam por ele?
Sem uma resposta convincente, éramos levados, muitas vezes, a adorar a mulher que o trouxe ao mundo. Éramos conduzidos por longas filas para beijar a fita vermelha que adornava o retrato virgem. Ela teve que suportar tamanho sofrimento: ver seu filho ser açoitado, humilhado e pregado numa cruz. Por isso, era capaz de intervir junto a ele por nós. "Maria, mãe de Deus, rogai por nós", oravam.
Mas a mãe de Jesus também era de pedra.
Jesus. Esse era o nome do homem de pedra, o filho de Deus.
Mas quem era Deus?
Foi Deus que fez o mundo. Um dia o mundo vai acabar. Deus vai destruir o mundo, e quem for bom será salvo da ira de Deus.
Daí, o castigo era uma ameaça constante.
Chuvas fortes, tempestuosas, trovoadas, relâmpagos eram, muitas vezes, interpretadas como um sinal de que Deus não estava satisfeito com os homens.
Em outras palavras, um aviso: Vou destruir o mundo!
Havia um cuidado permanente: não ofender a Deus. Diziam: temos que amar a Deus, mas todos tinham medo de Deus. Quando trovejava, relampejava, anunciando tempestade, eramos tomados de medo. O relâmpago e o trovão eram dois compadres que eram brigados entre si e Deus os havia castigado, e andavam pelos céus em uma perseguição mútua e sem fim.
Quando a tempestade era muito forte, alguém corria, pegava um ramo de palmeira seco e jogava no fogo e pediam a Santa Luzia para aplacar a ira de Deus. Parece que só alguém mais próximo poderia intervir por nós, junto a Ele. O ramo crepitava no fogo e me trazia à lembrança o alvoroço que acontecia na cidade por causa daquele ramo.
Um dia alegre. Quase sempre o sol brilhava. A cidade se envolvia num clima de festa. As pessoas enfeitavam a frente das suas casas com plantas e cortavam ramos de palmeiras e se enfileiravam ao longo da rua principal, onde passaria o cortejo.
Novamente, o homem de pedra passaria carregado por homens compenetrados em sua honrosa tarefa. Seus olhares tinham um senão de orgulho pelo privilégio de carregar o andor. O homem de pedra, desta vez, vinha de pé, num andor todo ornado em flores, trajava vesta brancas e trazia nas mãos as marcas das feridas, sinal de sua vitória sobre a morte.
Porém, sua expressão de triunfo era tolhido pela frieza da pedra.
Muitos outros, que seguiram a Jesus, num passado distante, foram julgados dignos de intervir por nós, cada qual na sua especialidade, na causa que eles haviam abraçado, mas eles também eram de pedra.
Eu não entendia porque muitos deles carregam no colo um menino.
Um menino de pedra que havia nascido para salvar o mundo. Mais uma vez, meus irmãos, meus primos e eu éramos forçados a dormir durante toda a tarde para estarmos descansados quando chegasse a noite para comemorarmos o nascimento do tal menino.
Pessoas comovidas cantavam: Nasceu o Salvador!
Ouviámos de um tal de Noel que trazia presentes para as crianças na noite de natal.
Embora a festa fosse para o Menino de Pedra, o figura do bom velinho parecia ser mais importante, afinal, era nessa época que o papai Noel lembrava daqueles que tinham sido bonzinhos o ano todo e, principalmente, passado de ano.
Cresci vendo pessoas dedicarem sua devoção a homens e mulheres de pedra. Passavam horas de joelho diante de imagens que não compartilhavam, que não se compadeciam, do sofrimento de seus devotos, e pediam, em vão, que intercedessem por eles perante a Deus.
Não se ajoelhavam antes acender velas para iluminar o caminho do seu protetor. Velas que também eram acesas para iluminar o caminho das almas para que elas não ficassem perdidas.
Até que um dia alguém colocou uma folha de papel na minha frente com uma pergunta:
Onde está Deus?
O Deus que eu conhecia era o Deus de pedra, Deus menino, Deus crucificado, alguns diziam que ele havia ressussitado e subido aos céus.
Mas onde era o céu?
Eu costumava ficar deitado no sofá na sala da minha casa e à minha frente um quadro enorme do homem de pedra com ar vitorioso segurando o mundo nas mãos. Mas como muitas pessoas, eu duvidava da existência de Deus.
Eram os deuses astronaustas? indagava o escritor, discursando a sua teoria de que seres superiores e evoluidos já havam habitado a terra em outras épocas.
O meu gosto pela leitura aguçou minha sede de conhecimento e eu gostava muito de viajar através dos livros. Não havia sentido nas palavras do livro de orações. Palavras sem sentido que eram repetidas como remédio para espantar a dor de cabeça:
Davam somente um ligeiro alívio ao medo ou ao desespero de um momento difícil.
Os livros sempre foram para mim a porta do conhecimento. Eu não consigo ver um livro sem resistir a curiosidade de abrí-lo, folheá-lo e explorar o seu conteudo. Foi assim que ao entrar numa capela católica, vi que nos bancos havia livros. Mas não eram como os livros de reza que eu conhecia.
As palavras que daquele livro eram cheias de vida. Não resisti ao desejo de seguir o homem que era personagem central da Historia e fiquei impressionado com os seus ensinamentos. Não tardei em entender que aquele era o "Homem e o Menino de Pedra" que fui ensinado a adorar quando criança. Ele me disse, naqueles linhas, que eu deveria adorá-lo em espiríto e em verdade.
Ele me mostrou a verdadeira história do seu nascimento, a razão pela qual ele veio, e como ele veio ao mundo. E, ainda, que a morte era o único imnimigo que só ele poderia vencer.
Ele é a Palavra. A Palavra de Deus, que se fez carne e habitou entre nós. Seu ministério está cumprido. Tudo o que nós temos que fazer é aplicar os ensinamentos que ele nos deixou. Sabendo porém que ele ainda permanece conosco através do Espirito Santo, que ele prometeu que nos mandaria.
O Espírito do Santo é o verdadeiro Espiríto do Natal.
O novo nascimento, que precisa acontecer em cada ser humano em algum momento da sua vida.
Tão logo o homem alcance entendimento, deve nascer de novo. E receber o Espirito do Natal. Para isso, é preciso conhecer a verdade, porque só a verdade liberta.
Eu li em algum lugar que quem não conhece a verdade acaba por acreditar em fábulas, à mercê dos enganos.
Aquele homem me mostrou a verdade me fez enxergar de forma mais clara a inverdades sobre as historinhas que me contavam quando criança. E que se não fosse o homem que disse: Eu Sou a Verdade, como muitos, eu ainda continuaria acreditando.
Digo isto com uma certa vergonha. Sim, uma grande vergonha do ser humano. Lamento perceber que muitas pessoas no mundo gostam de ser enganadas. Anos e anos de estudo. Pessoas altamente capacitas, intelectualizadas que inacreditalvelmente fecham os olhos para a verdade.
Fato constatado numa simples pesquisa na internet sobre a lenda do Papai Noel.
Muitos adultos ainda depositam as suas esperanças no bom velhinho, que na sua verdadeira identidade, dedicou a sua vida a fazer o bem. Desconhecem que ele, conhecedor da Verdade que liberta, morreu sem jamais imaginar as lendas absurdas criadas em torno da sua bondade.
Porém, desde que eu conheci a verdade: o verdadeiro Espirito do Natal, nunca mais alguém me disse quando ficar alegre ou quando ficar triste, o que comer e o que não comer. O verdadeiro Espirito do Natal é o Espirito da Liberdade – Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça a Palavra de Deus:
- Este é meu filho amado, a ele ouvi!
Imbuídos do verdadeiro Espírito do Natal, filhos e filhas enxergarão nos pais e mães verdadeiros heróis: possuidores de espirito protetor, provedor, companheiro e experimentarão uma felicidade que dura o ano inteiro e não só na época do natal. Não haverá mais nos seus calendários o dia mais triste do ano.
Conhecerão, enfim, o verdadeiro Espírito do Natal e passarão o ano o inteiro sendo aprovados por Deus. Ao invés de passar o ano inteiro sendo "avaliados" pelo Espírito de Engano travestido de bom velhinho.
Este texto faz parte da coletânea Alma Nua de Ivo Crifar, pela editora Baraúna.