MíDIA, IMPRENSA, CRIME...
MíDIA, IMPRENSA, CRIME...
O caso Isabela. Nos noticiários é o que mais escutamos. Então o que falaremos nesse artigo é sobre crime e mídia, imprensa.
Em principio então, explicitamos com total veemência que não existe sociedade na qual não ocorram crimes. Para a sociedade, o crime é um mal necessário. Como dizia Durkheim, a sociedade institui como crime condutas reprováveis pela mesma, assim, para que venha a corrigir-se. Sendo assim, mostraremos o papel da mídia nesse caso especifico da menina Isabela, o alarde da mídia, o seu interferir no caso. Primeiramente, a mídia é a prova mais viva da covardia. Acontece um crime bárbaro como esse que, com maior lucidez deve ser punido. Só que a mídia da um enfoque especial como se o seu fim fosse veicular a informação ao povo de forma eficaz. Jamais, o que a mídia quer é mostrar que teve papel determinante na punição. Pior, não importa quem seja o real culpado, ela quer é “punir” alguém. Não espera a investigação policial correr de modo correto em suas etapas. A mídia se põe como um órgão acusador. A mídia não está interessada em amenizar os problemas da criminalidade, mas foca-se apenas no crime bárbaro quando ocorre, subvertendo os papeis: enquanto era para ser eficaz no processo de amenização da criminalidade, se roga como veículo de informação sobre barbáries. Não que estejamos querendo que casos como esses não vão à mídia, mas que a imprensa cuide mais do processo de criminalidade, não de um ou de outro crime em especifico, ou já esquecemos o menino João Hélio, a domestica espancada por “pitboys”, o caso Suzana Ritchofen, entre outros.
Vivemos a barbárie com apatia. Não ligamos para o crime, mas para com os casos que a mídia nos põe como “estrambólicos”. Não é demagogia, mas imaginemos quantas crianças não morrem de fome por dia no mundo e principalmente No Brasil. Ainda vem um governo e tem a coragem de fazer uma campanha intitulada como, FOME ZERO! É vergonhoso. Não queremos dá desdém ao caso da menina Isabella, mas ela está sendo tão vítima da mídia, quanto as crianças que morrem de fome são vítimas dessa mídia e da sociedade.
A mídia é covarde sabe por quê? Porque ela adora quando casos como esses ocorrem. Ela não se preocupa em mostrar o problema que é endêmico numa seqüência factual corriqueira, mas mostrar que teve papel preponderante na punição de um bárbaro crime.
Como sempre, deixaremos indagações: será que a imprensa está realmente interessada na criminalidade? Será que o seu papel é eficaz? Não será mais um ato de corromper?
Não esqueçamos que é essa mesma mídia que lhes oferecem domingão do Faustão, Adriane Galisteu, Luciana Gimenez, programas de fofoca e etc.O que queremos mostrar é o seguinte: ficaríamos satisfeitos se a preocupação da mídia fosse com a criminalidade no cotidiano, não com o crime diante de um ato de barbárie tão somente.