VITIMAS DA POBREZA

Até vinte ou trinta anos atrás, as prioridades no Brasil eram o desenvolvimento econômico, a modernização do Estado, a participação política, a democracia e a mobilidade social.

Hoje, os temas dominantes são a pobreza e a exclusão social. A pobreza aparece no primeiro plano, requerendo atenção redobrada do Estado para definir um foco a partir do qual as demais questões serão vistas e tratadas.

Estamos em ano de eleições e mais uma vez o pobre vai rever ou conhecer supostos novos amigos e antigos amigos. Infelizmente, é nesta época de eleições que a pobreza entra em evidência maior no país, porque dá voto ao político e é um voto baratíssimo.

Para garantir seus votos, o populista dá benefícios, ajuda os seus eleitores. É verdade que essas ajudas aliviam as dificuldades dos pobres. Mas o problema é que, para o populista continuar no poder, é imprescindível que os pobres continuem existindo. Pois se ele acabar com os pobres, estará dando um tiro no próprio pé, secando a fonte da base social de seu regime.

Bem definiu Felipe González: os populistas gostam tanto dos pobres, que vivem a produzi-los em larga escala...

Para que o dinheiro continue jorrando dos cofres públicos e a corrupção continue ativa é preciso que os pobres sejam muitos. Isto tudo dá status financeiro há muitos políticos por ai que se dizem amigos dos pobres, mas que vivem numa vida de exuberantes gastos sociais e desfilam em carrões de luxo, não se contentam andar em carro popular.

Mas não é somente os políticos que se dizem amiguinhos dos pobres. A fila anda e passam por ai os grandes conglomerados da indústria farmacêutica, médica - hospitalar, além é claro, da Igreja Católica.

Os três primeiros se beneficiam com a dor dos pobres que são mal atendidos pela rede pública de saúde e conveniadas e consomem medicamentos produzidos e atendidos pelos grandes conglomerados farmacêuticos, agradecendo a participação dos católicos que se opõe ao planejamento familiar, com argumentos das doutrinas e das práticas católicas por meio de imposições contrárias às diferentes formas de planejamento.

Os políticos e a igreja católica, juntos, representam a uma parte da grande fonte de promoção da miséria e a dor dos mais carentes.

A angústia da pobreza aparece nos momentos de mendicância com a formação incessante de favelas, criminalidades, prostituição, onde todos os dias se vêem filhos chorando por comida e não existe nada para comer. Pessoas querendo trabalhar e não há emprego e nem tão pouco, onde se ocupar, para conseguir sanar a sua fome.

É essa penúria e muito mais, que circundam a vida de quem não tem trabalho, nem criatividade para poder procurar um meio para conseguir alimentos e um pouquinho de recursos, para sanar sua fome.

Dizem que o Brasil é um país rico, com muito ouro, diamante e recursos minerais e vegetais que em outras nações não existem. Não existe riqueza maior para uma nação que seu povo. Como se pode ser uma nação rica, com seus filhos paupérrimos? Pois, estes representam a maioria da população deste País.

O Brasil é um país pobre no cenário internacional. A economia interna não caminha bem, nem tão pouco há perspectiva de um desenvolvimento que leve a nação a ter, um bem-estar condigno com o esforço de seus filhos que tanto lutam para crescerem bem.

Que a paz esteja com você.

((((Plínio))))

Redação: 19/05/2008 15:17:00