Analfabetismo, e escolaridade, e destruição de inteligência
É o Brasil, hoje, na segunda década do século XXI, um país mais, muito mais, alfabetizado do que o de há setenta, oitenta, cem anos.
Diz a lenda que com o aumento dos seus índices de alfabetização (produto da escolarização) tem o país constituição cultural, intelectual, literária, musical, etc., e tal, superior à condição anterior.
Se é assim, por que as pessoas nascidas, no Brasil, nos anos 1.970 em diante, tem um gosto musical de dar engulhos, uma ignorância abissal em praticamente todas as áreas do conhecimento, uma rudeza estética de fazer os humanos do paleolítico parecerem requintados aristocratas da nobreza européia, em um ano mal lê, e lê mal, se muito, um livro, despreza o conhecimento, desdenha de quem sabe?!
E ninguém há de negar que muitas pessoas, em sua maioria analfabetas e semianalfabetas, nascidas há uma centúria e nas duas décadas subsequentes, têm um gosto e uma sensibilidade artística, musical, muito superiores ao das gerações escolarizadas nos anos 1980 em diante. Tal eu declaro evocando meus avós e pais e tios e outras pessoas, todas elas com setenta anos ou mais (os meus avós, ja falecidos - se vivos, todos eles teriam mais de cem anos), todas elas sempre a demonstrarem herdeiras de um ambiente cultural, de uma época em que grassava no Brasil o analfabetismo, superior ao atual, o que me faz pensar se a escolarização moderna não é, nada mais, nada menos, do que uma trituradora de cérebros, uma destruidora de talentos, uma devastadora de culturas.
E acredito eu que toda pessoa que hoje tem menos de sessenta anos já identificou tal fenômeno. Ora, quem nunca, hoje, se comparou com seus pais, tios e avós de mais se setenta anos, e não lhes reconheceu a superioridade cultural?