COMO CONSTRUIR UMA DISTOPIA NO CAPITALISMO DO SÉCULO XXI
Estamos perplexos com o avanço da extrema-direita global e assistindo um remake de holocausto no Gueto de Gaza da Palestina.
A perplexidade é maior diante da impotência da ONU e a naturalização desumana das guerras.
A miséria aprofunda a pobreza global e a concentração de riquezas e rendas exalta a minoria inescrupulosa e insensível na exploração e dominância sobre a maioria.
O capitalismo consolidou o tudo pelo lucro e pelos juros e nada pelo trabalho.
O capital moi carne humana, sem dó, nem piedade.
O capitalismo virou o sistema das especulações e do rentismo.
A máquina das guerras capitalistas é senhora das armas, das dores e das mortes.
Quais as bases do capitalismo XXI?
São as mesmas dos séculos passados, desde seu invento, como sistema sócio-econômico, contudo, com contornos de barbárie e distopia, que nos remete à Idade Média.
A pseudo-religiosidade, autocracia-outsider e fake news são as bases retrô.
O conservadorismo de conveniências é basilar na nova ordem fundamentalista do capitalismo retrofit.
Esculhambar a Ordem Social e Estatal Laica para ir impondo uma nova ordem teocrática ao Estado-Nação.
Alienar e idiotizar as pessoas por meio de religiões, mídias e drogas.
O contexto é complexo e a análise não é simples, pois a dinâmica social capitalista insiste na meritocracia das minorias e exclusão das maiorias.
A classe média intermediária gerencia o processo capitalista, ora para o liberal, ora para o conservador, sempre para a burguesia.
Quanto mais periférico, globalmente e/ou territorialmente, o capitalismo se espraia de forma mais concentradora, dominadora e excludente.
As religiões, as mídias e as drogas são eficazes ferramentas de controle e domínio social-econômico a serviço do sistema capitalista.
O sistema capitalista controla e domina seus povos pelas mídias, pelas igrejas e/ou por meio das drogas.
Todas as três ferramentas são ópios de dominações dos povos.
Nas Sociedades alienadas, por religiões, mídias ou drogas, o processo civilizatório se esvai e a distopia se impõe.
Educação e Cultura, que no capitalismo são meros instrumentos de adestramento do povo, passam a conter cada vez menos conteúdos de formação e desenvolvimento crítico e de cidadania.
A barbárie volta a ser a régua de medição no reinstalado Estado Leviatã.
Urge, portanto, mais do que nunca, neste século XXI, buscarmos formas concretas e eficazes de derrota, destruição e superação do capitalismo.
Para o bem das civilizações humanas, da natureza e do próprio planeta Terra.
Se nada fizermos, o capitalismo nos destruirá.
Será o FIM!